Deputados do Rio de Janeiro estudam novas leis para roubos de bicicletas

Cadastro estadual e leis para buscar bicicletas são parte de projeto. 'O ciclista está com medo', afirma representante de comissão

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Fonte: G1  |  Autor: Henrique Coelho  |  Postado em: 21 de maio de 2015

Bicicletas roubas apreendidas pela polícia do RJ

Bikes roubadas apreendidas pela polícia do RJ

créditos: Mariucha Machado / G1

 

Um dia após a morte de Jaime Gold, de 51 anos, médico que foi esfaqueado na Lagoa quando suspeitos tentaram roubar sua bicicleta, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) se reuniu nesta quinta-feira (21) com representantes de uma associação de ciclistas. Na pauta estavam medidas para melhorar o registro e as buscas às bikes roubadas.

 

Dois projetos de lei para a criação de um cadastro estadual de bicicletas recuperadas e a tipificação do crime do roubo de bicicletas foram apresentados e devem ser levados à pauta de votação já na próxima semana, na forma de um único projeto de lei que ainda será redigido. Na internet, há a possibilidade de a delegacia de repressão a crimes na internet (DRCI) passar a investigar a compra e venda de bicicletas e peças com valor abaixo do mercado.

 

"Os números indicam o aumento de roubos. Se estão sendo roubadas, onde elas foram parar? Quem as está vendendo?", questiona a deputada Marta Rocha (PSD), autora do projeto sobre a tipificação do crime. Já André Ceciliano (PT-RJ) quer criar um cadastro estadual que previna o roubo e o comércio ilegal de bicicletas e peças roubadas. "Queremos que os números entrem no Instituto de Segurança Pública e sejam atualizados uma vez por mês", afirma o deputado.

 

'Bicicleta é a bola da vez'

Rafael Pazo, representante da Comissão de Segurança no ciclismo, afirma que já vem tentando fazer com que dados de roubos de bicicletas entrem nas estatísticas de segurança desde 2014: "É importante que se tipifique esse crime para que seja feita a mancha criminal e a polícia atue da melhor forma.

 

O ciclista hoje está com medo, até porque a maior parte desses crimes acontece em áreas onde há ciclovias. A bicicleta é a bola da vez", afirma Pazo, que lembra que a promessa da cidade do Rio é ter 450 km de ciclovias até o final de 2016. Atualmente, segundo ele, são 380. "Os ciclistas vão começar a se armar caso nada seja feito, e podemos ter um problema civil aí", alertou.

 

Após a criação de um projeto de lei único, uma audiência pública será marcada para discutir outros temas, como o patrulhamento por bicicleta em áreas onde o veículo é mais utilizado. "Nenhum veículo tem tanta possibilidade de alcançar uma bicicleta em fuga quanto outra bicicleta, que é um veículo previsto no código civil de trânsito", afirma Pazo.

 

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