SP deve seguir com ciclovias, concordaram os presentes em audiência

Encontro na Câmara Municipal reuniu vereadores, especialistas em mobilidade e representantes de organizações da sociedade civil

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Fonte: Mobilize Brasil  |  Autor: Regina Rocha / Mobilize Brasil  |  Postado em: 29 de abril de 2015

Audiência pública sobre ciclovias em São Paulo

Mesa de debates na Câmara: na pauta, as ciclovias

créditos: Regina Rocha/Mobilize


Aconteceu hoje (29) na Câmara Municipal de São Paulo, a segunda audiência pública sobre o plano cicloviário da cidade, com a presença de seis vereadores na mesa e, na plateia, ciclistas e interessados. De modo geral, a audiência reafirmou a importância do programa de implantação da infraestrutura de ciclovias e ciclofaixas como meio de dar segurança e incentivar o uso deste modal sustentável na cidade.

 

A sessão foi aberta pelo vereador Ricardo Young, que leu o questionamento de uma entidade local sobre a ciclovia da av. Paulista. O diretor da Ciclocidade, Daniel Guth, respondeu dizendo que a obra, prestes a ser entregue, já foi referendada pela justiça e é parte representativa de uma política pública, iniciada mesmo antes da atual gestão, que é preciso "compreender, aplaudir e avançar".  

 

À questão sobre os problemas de qualidade das obras das ciclovias, colocada pelo relator Young, o representante do ITDP, Thiago Benichio, ressaltou que, em termos de planejamento cicloviário, "estamos começando". Para ganhar experiência, disse ainda, "é fundamental a criação de uma rede mínima para a bicicleta: o que temos é algo que considero ainda tímido (não tiramos espaço do carro na via, por exemplo), mas a alternativa de ampliar essa rede tem nosso apoio", afirmou.


 

Plano cicloviário
O plano cicloviário da prefeitura foi apresentado em seguida pelo engenheiro Ronaldo Tonobohn, da CET, que expôs o projeto em detalhes, informando sobre os 268,2 km de ciclovias/ciclofaixas já realizados, da meta de implantação de 465 km até dezembro de 2016 e, dentro do PlanMob (Plano de Mobilidade), chegar a 1.500 km em 2030. Reconheceu que "erros existem, mas não só entre nós", ressaltou; e que serão corrigidos, prometeu o técnico da CET. "O importante é o conceito de sustentabilidade deste projeto; e o objetivo, que é tirar o ciclista da situação de risco, ao estabelecermos diretrizes para uma definição clara da via cicloviária", concluiu.

 

Várias outras questões surgiram no debate, como por exemplo se ciclovias devem ser projetadas em áreas íngremes, ou se a malha cicloviária está indo a pontos periféricos da cidade... O que levou o relator Ricardo Young a anunciar para breve uma nova audiência sobre o tema.


Para conhecer o plano de ciclovias da Prefeitura, acesse o mapa interativo no link do Google. 


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