A cidade de Barcelona lançou, há menos de um ano, o "Bicing Elétrica", serviço complementar ao já conhecido sistema de aluguel de bicicletas públicas da capital catalã, o "Bicing", que funciona desde 2007. Pouco antes, em junho de 2014, Madri, na Espanha, também havia adotado a modalidade de bicicletas elétricas.
A experiência com o novo serviço é contada a seguir pelo jornalista brasileiro Rafael Duran, que há seis anos mora em Barcelona, usa diariamente as bikes compartilhadas. Leia o relato do jornalista em entrevista concedida ao Mobilize:
"Eu uso o Bicing (sistema de bicicletas compartilhadas) todos os dias aqui em Barcelona, seja pra ir/voltar do trabalho ou até sair à noite. E acho muito bom. No começo havia muitos problemas de bicicletas quebradas, falta de bicicletas na parte alta da cidade e excesso na parte baixa. Mas eles têm melhorado o sistema constantemente, e agora é muito mais raro que aconteça algum problema do tipo.
O custo é de cerca de EU 40,00 por ano (em reais, R$ 131,22 por ano) e a primeira meia hora é grátis. Quando você passa da primeira meia hora, podendo ficar até um máximo de 2 horas com a bicicleta, você paga mais EU 0,70 centavos por cada meia hora que usa. É bem justo e não acho caro. Para utlizar o serviço o usuário tem que fazer uma carteirinha e para isso ter um documento espanhol, então é um serviço que não funciona para turistas.
Recentemente eles lançaram a Bicing elétrica (Bicing Electric) que estou usando também. É mais eficiente para subidas, onde se exige maior esforço. O novo serviço tem um adicional de EU 17,00 por ano, e a cada vez que você usa a bicicleta, paga mais EU 0,45 centavos. Também considero justo já que as bicicletas são novas e caras. Em geral as bikes funcionam muito bem, tem 3 velocidades e sobem que parece uma moto! Ainda está em fase Beta, mas estou usando desde o começo e curtindo.
Na semana passada tomei uma multa de bicicleta, a primeira em seis anos. EU 100,00 por passar no sinal vermelho. Agora, como ficou mais massificado o uso da bicicleta, as ciclovias estão crescendo, e as fiscalizações também."
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