O metrô de Curitiba precisa de mais R$ 463,4 milhões em recursos da União para sair do papel. O pedido de reajuste foi feito na quarta-feira (8), pelo prefeito Gustavo Fruet (PDT) ao ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), em Brasília. A recomposição no valor do novo modal corresponde à inflação acumulada de 2013 até agora e o percentual estimado até meados de 2021, quando a obra deve ficar pronta. E que acabou agravada pelos cinco meses em que o projeto ficou parado no Tribunal de Contas do Estado por causa de irregularidades no edital da licitação. Quem explicou foi o secretário de Planejamento da capital, Fábio Scatolin em entrevista à rádio Bandnews Curitiba.
No projeto original, a obra custaria pouco menos de R$ 4,7 bilhões financiados com a ajuda de uma Parceria Público-Privada (PPP). Desse valor, a presidente Dilma Rousseff se comprometeu a desembolsar R$ 1,8 bilhão de reais do orçamento da União, o equivalente a 62%. Com o reajuste, no entanto, que representa um acréscimo de 26%, o montante do governo federal sobe para aproximadamente R$ 2,3 bilhões. O ministro Kassab deve discutir o assunto com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, e com a presidente Dilma. A resposta definitiva deve sair até o fim deste mês, e a expectativa é de que ela seja positiva.
O secretário explica ainda que a recomposição no valor do metrô, que deve custar agora quase R$ 5,9 bilhões, é uma das últimas etapas para que a prefeitura consiga relançar o edital do novo modal ainda neste semestre.
O restante do valor da obra vai ser compartilhado entre a prefeitura, que inicialmente contribuiria com R$ 700 milhões, e o governo do estado, que investiria mais R$ 700 milhões por meio de um financiamento de 30 anos junto ao BNDES. O restante – cerca de R$ 1,5 bilhão – seria custeado pela empresa que vencer a licitação via PPP.
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