Em Cuiabá, o Instituto de Planejamento e Desenvolvimento Urbano (IPDU), vinculado à Secretaria Municipal de Planejamento e recriado em março passado, terá como um dos principais temas de discussão o futuro do VLT - Veículo Leve sobre Trilhos, e de como sua implantação deverá relacionar-se com o patrimônio histórico da cidade.
É o que afirma o superintendente do IPDU, arquiteto cuiabano Benedito Libânio de Souza Neto, para quem uma das preocupações do órgão será saber o que acontecerá com a área tombada como patrimônio histórico que encontra-se no trajeto projetado para o VLT.
Como não há projeto executivo e o município ficou alijado um tempo das discussões (o projeto é do governo estadual), não há respostas detalhadas sobre uma série de questionamentos, incluindo impactos sobre o patrimônio, o traçado, integração com os meios de transporte coletivo tradicional, valor da tarifa, impactos sobre tráfego em geral...
Libânio Neto explica que agora o estado abriu o debate com o município para corrigir essas falhas e discutir outras leis e obras.
Ciclovias e outros projetos do IPDU
Estão nos planos do novo IPDU: a criação de ciclovias integradas ao novo sistema de transporte, o rebaixamento da fiação das redes elétrica e de telefonia da área central, projeto que está engavetado há décadas, a redução da circulação de veículos no centro histórico, criação de novos parques ambientais, além da análise das condições, conservação e manutenção dos existentes.
No caso do centro histórico, Libânio Neto quer propor o estreitamento de vias, um trecho da Avenida Getúlio Vargas, por exemplo, como forma de reduzir o volume de carros e os impactos sobre os imóveis tombados.
*Editado por Regina Rocha, do Mobilize Brasil
Leia também:
Justiça quer conciliação em VLT de Cuiabá
Governo de Cuiabá terá que pagar empresa por estudo de viabilidade descartado
VLT de Cuiabá: Justiça cobra projeto executivo em 15 dias
Para definir o futuro do VLT, é proposto um plebiscito no Mato Grosso