Gigante do setor de baterias elétricas, celulares e veículos elétricos, a empresa chinesa BYD ensaia seus primeiros passos aqui na América Latina. No segundo semestre, a empresa passará a montar ônibus com tração elétrica em Campinas (SP).
Segundo Adalberto Maluf, Diretor de Relações Governamentais da empresa, serão veículos com chassis e demais componentes inicialmente importados da China, com o objetivo de uma gradativa nacionalização.
Na semana passada, uma equipe da BYD esteve em Bogotá e Medellín, na Colômbia, para apresentar seus veículos (e planos) às autoridades locais. A meta é a substituição dos ônibus diesel em uso nas duas cidades por veículos elétricos, sem emissão de poluentes e com baixa emissão de ruído.
Outros diferenciais dos ônibus são a alta capacidade dos motores, "capazes de vencer extensas ladeiras", e a durabilidade das cargas das baterias. Maluf afirma que os ônibus podem percorrer até 300 km sem a necessidade de recarga.
Adalberto Maluf conta que em Medellín, os testes incluíram uma longa via em subida, com cerca de 60 km de extensão. No retorno, em descida, o sistema funciona como um gerador, que realimenta a bateria. "Assim, ao voltar ao centro de Medellín, a bateria estava com 100% da carga", conta Maluf.
A BYD espera investir US$ 400 milhões até 2017 em três unidades fabris, a primeira delas em Campinas. O objetivo é produzir baterias, placas fotovoltáicas e os ônibus elétricos, já presentes em 110 cidades de 35 países, segundo dados da empresa.
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