Ciclistas que participaram nesta segunda-feira (30) de uma audiência na Câmara de Belo Horizonte pretendem se reunir com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) para discutir a atuação da instituição em relação às ciclovias da capital. No encontro, Eveline Trevisan, coordenadora do Pedala BH – programa da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) –, afirmou que a promotoria já entrou na Justiça contra algumas ciclovias. Segundo ela, a iniciativa, somada à falta de informação da população em relação à importância dos espaços, seriam os desafios na condução do programa.
“Colocar a bicicleta no cenário da cidade é uma luta do dia a dia. As críticas são válidas, quanto mais ciclovia melhor, e a gente avança de acordo com as possibilidades”, afirmou. Procurada na tarte de ontem, a assessoria de imprensa da promotoria não disponibilizou fonte sobre o assunto.
Os usuários de bicicletas reclamaram principalmente da falta de infraestrutura para quem pedala e de consciência dos motoristas em relação ao uso das ciclovias. “A condição geral das ciclovias é ruim. Falta sinalização, há lixo acumulado e poste no meio das vias”, disse Augusto Schmidt, 22, membro da Associação dos Ciclistas Urbanos de Belo Horizonte (BH em Ciclo).
Decisões
Uma vistoria nas vias do Barreiro, onde obras de uma ciclovia foram interrompidas por resistência da população, e o envio de ofícios à prefeitura para pedir esclarecimentos sobre o uso dos recursos destinados ao sistema também foram decididos na reunião, realizada pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário.
A BHTrans informou que, até 2016, 150 km de ciclovia serão construídos na capital, com R$ 22 milhões do PAC Mobilidade. Além disso, até 2017, R$ 800 mil do Plano Plurianual de Ação Governamental, do Estado, devem ser usados em campanhas educativas sobre o assunto.
Leia também:
Prefeitura de BH quer baixar velocidade das vias para uso compartilhado
Belo Horizonte terá 200 km de ciclovias até 2016... Será?
Pedestres convivem com risco de atropelamento na periferia de BH