Quem nunca ouviu, seja por aconselhamento ou seja por crítica, o recado de que “um erro não justifica outro?” A afirmação, ao se andar pelas ruas do Recife, deixou de ser levada a sério. Ou talvez, pela falta do exercício da autocrítica, motoristas tenham esquecido de que cidadania possui mão dupla. Por um lado, é legítimo se cobrar correção do poder público e daqueles à frente da gerenciamento desse poder, mas por outro também se é cobrado a contribuir para o bom funcionamento da cidade, do estado e do país. Compreendido isso, flagrantes iguais ao da Rua Deputado Pedro Pires Ferreira, no bairro da Jaqueira, diminuiriam bastante.
As calçadas teriam a função original, a de ser espaço para os pedestres, resgatada, em lugar de serem vagas de estacionamento, vitrines e continuidade de bares, restaurantes e oficinas. As mensagens de adesivos teriam o sentido reforçado e os responsáveis por divulgá-las em seus carros deixariam de ter dedos apontando incoerências sobre suas cabeças.
Em queda…
A mobilidade agradece se a média mensal do crescimento da frota pernambucana for mantida. A média de janeiro e fevereiro foi de 0,4% e repetindo-se o ritmo chegaria a 4,8% em dezembro. No ano passado, a frota teve um salto de 6,6% e o estado atingiu a marca de 2.627.802 veículos.
…Há cinco anos
A queda no percentural de crescimento da frota vem sendo contrabilizada pelo Detran desde 2010, quando se registrou 12,1%, o maior aumento dos últimos 24 anos. Desde então, a curva de carros emplacados pela primeira vez apenas desceu, anotando-se 11,7% em 2011, 9,9% em 2012, 8,1% em 2013.
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