Em contato com a CCR e governo do estado, responsáveis pela gerência do metrô, a equipe de reportagem do G1 detalha a seguir como está a situação desta linha, prevista para operar somente em 2017 e que irá ligar a Estação Acesso Norte, na capital baiana, a Lauro de Freitas, na região metropolitana.
Salvador já conta com a operação de parte da Linha 1, que tem 7,3 km de extensão e cinco estações já inauguradas - Lapa, Campo da Pólvora, Brotas, Acesso Norte e Retiro. A Linha 1 foi inaugurada em 2014: 14 anos após iniciar as obras.
No dia 9 de abril de 2015, o governo deverá liberar a Estação de Bom Juá e o sistema da Linha 1 passará a ter, ao todo, 8,7 km. Em junho, será a vez da Estação Pirajá ser entregue. Também está em obra a Estação Bonocô, localizada entre as estações Brotas e Acesso Norte. As intervenções de ampliação da Linha 1 devem ser finalizadas até julho deste ano, segundo previsão do presidente da Companhia de Transportes da Bahia (CTB), Eduardo Copello, órgão ligado a Secretaria de Desenvolvimento Urbano da Bahia (Sedur).
"Hoje, até o Retiro, estamos transportando em torno de 26.270 mil pessoas por dia útil. Na última segunda-feira (9), tivemos o recorde de acessos por dia, que foi 31.134 pessoas em um único dia. O metrô, desde o início da operação, já carregou, aproximadamente, 3,9 milhões de passageiros", afirma o presidente da CTB Eduardo Copello. O sistema ainda realiza operação assistida, sem cobrança de tarifa.
As 13 estações previstas para a Linha 2 são: Acesso Norte, Detran, Rodoviária, Pernambués, Imbuí, CAB, Pituaçu, Flamboyant, Tamburugy, Bairro da Paz, Mussurunga, Aeroporto e Lauro de Freitas. Segundo a CCR Bahia, atualmente, a Linha 2 passa por intervenções de infraestrutura como terraplanagem, drenagem e pavimentação, além de obras na região da alça de acesso da BR-324 à Avenida Antônio Carlos Magalhães.
O trajeto do metrô na Linha 2 não será subterrâneo, mas em superfície. Quando ficar pronto, o transporte irá sair da Estação Acesso Norte e seguirá sob as alças da BR-324 e da Avenida Bonocô. A partir deste ponto, no sentido Salvador Shopping, a linha avançará ora pelo canteiro central, ora pela marginal da Avenida ACM, parte na superfície e parte em nível elevado, chegando à futura Estação Detran.
A partir da Estação Detran, o metrô seguirá em via elevada por cerca de 200 metros, acompanhando a margem esquerda do Rio Camurujipe, até chegar à Estação Rodoviária. A partir desta, o sistema segue em superfície passando sob o elevado dos Rodoviários e Nelson Dahia, até a Estação Pernambués, que será localizada em frente ao Supermercado Macro. Já na Avenida Paralela, o metrô seguirá na superfície pelo canteiro central indo até a Estação Aeroporto. Posteriormente, os trens chegarão à Estação Lauro de Freitas.
De acordo com o presidente da CTB, Eduardo Copello, a previsão é de que a atual rodoviária da capital baiana e o Departamento Estadual de Trânsito da Bahia (Detran-Ba) sejam transferidos de lugar.
"Existe um planejamento para transferência da rodoviária para [o bairro de] Águas Claras, mas ela só sairá de lá quando o metrô chegar até Águas Claras. O Detran, necessariamente, não tem data prevista porque não existiu a necessidade ainda", disse.
Na Avenida Paralela, o metrô irá passar pelo canteiro central e irá ficar, praticamente, no mesmo nível da pista. Segundo Copello. Caso seja necessária a retirada do local, as árvores serão replantadas em outro lugar.
"Na Lagoa do Imbuí, o metrô irá passar em pilares, mas no nível da própria Avenida Paralela", explica. "Em toda a avenida haverá implantação dos parques lineares. Nas margens da linha do metrô, vão haver áreas de lazer, pista de cooper, ciclovia, equipamentos de ginástica", completa.
Integração com ônibus e impasse
Ao todo, o sistema metroviário contará com cinco terminais de integração de passageiros entre ônibus e metrô: Acesso Norte, Rodoviária, Pituaçu, Mussurunga e Aeroporto. No entanto, ainda não há uma definição sobre quais ônibus serão utilizados: os da linha convenional que rodam na capital baiana, ou veículos próprios para este tipo de integração.
"O metrô foi planejado como um serviço estruturante, que necessita de integração. Ele não tem capilaridade de chegar a todas as regiões da cidade. Existe um contrato de convênio entre Salvador e Lauro de Freitas, que prevê que a integração seja feita através da alimentação do sistema coletivo urbano já existente nesses municípios. Em princípio, seria com os mesmos ônibus, com ajustes nas linhas, para que possam parar junto às estações e nos terminais de integração. Porém, o próprio convênio prevê a possibilidade de, não acontecendo isso, que o serviço possa ser prestado diretamente pelo metrô. Mas o ideal é que a gente consiga que possa ser feita a integração ao sistema de transporte coletivo do próprio município", explica Eduardo Copello.
Como não há uma definição sobre como será a integração, isso também afeta o início da cobrança da tarifa, afirma o presidente da CTB. "Nesse momento, a gente não tem definição completa da questão tarifária junto ao sistema de transporte. Existem negociações e elas não foram concluídas. A cobrança envolve a integração, porque precisa dessa definição".
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