Comerciantes de Teresópolis (RJ) transformam calçadas em vagas para carros

Há casos em que a prefeitura aprova a construção de um recuo para embarque e desembarque de mercadorias. Mas os comerciantes aproveitam para privatizar o uso do espaço

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Fonte: Net Diário  |  Autor: Net Diário  |  Postado em: 11 de março de 2015

Mesmo quando aprovado pela prefeitura uso deve ser

Uso das calçadas deve ser coletivo, sempre

créditos: Andre Oliveira

 

Na cidade de Teresópolis (RJ) uma guerra diária é travada no trânsito na busca de uma vaga para estacionar. E a construção de recuos nas calçadas têm sido a solução encontrada por alguns empresários para receber sua clientela e também garantir a movimentação de carga e descarga de mercadorias.

 

Recentemente pelo menos três desses espaços foram construídos e chamam atenção de quem passa. Afinal, ao ocupar a calçada com essas vagas especiais, os responsáveis acabam tomando parte do espaço que seria destinado aos pedestres.

 

A franquia dos Correios na Avenida Feliciano Sodré, por exemplo, foi autorizada a construir o recuo, mas não poderia isolar as vagas para uso próprio. Um deles fica na Avenida Lúcio Meira, em frente a uma distribuidora de doces e alimentos. A tradicional loja ganhou um recuo que garante a parada dos caminhões que levam e trazem mercadorias durante todo o dia. Da mesma forma, clientes aproveitam o espaço criado para rápidas paradas para compras.

 

Procurado pela reportagem, o empresário, que não quis gravar entrevista, reconheceu que não foi autorizado para fazer a descaracterização da calçada. Segundo ele, ao procurar a fiscalização da Prefeitura para ser autorizado, teria sido informado por um dos fiscais que não seria preciso tal autorização e que bastaria fazer a obra, desde que obedecesse a regra de deixar mais da metade da calçada livre para a passagem dos pedestres.

 

Também no centro da cidade, um recuo estaria sendo construído na Avenida Delfim Moreira, nas proximidades do Sesc, onde a calçada já começou a receber a intervenção dos operários empenhados na obra. No bairro do Alto, um restaurante nas proximidades da Igreja de Santo Antônio também construiu o recuo, que acabou não sendo suficiente para a parada de um carro, que ou fica sobre a calçada, ou com as rodas na pista de rolamento.

 

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