Em Teresina, pedestres são 26% das vítimas fatais em acidentes de trânsito

Uma das capitais com maior índice de acidentes de trânsito, Teresina é impactada com a imprudência dos motociclistas e motoristas de automóveis

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Fonte: Meio Norte  |  Autor: Waldelúcio Barbosa  |  Postado em: 24 de fevereiro de 2015

Vida no Trânsito institui sinal com a mão - medida

Sinal com a mão, uma medida polêmica

créditos: Detran PI

 

A maior parte das mortes no trânsito no ano de 2014, em Teresina, foi de pessoas que conduziam motocicletas e automóveis, devido à imprudência, tanto de outro condutor ou até dele mesmo. No entanto, o que mais chama a atenção é que, naquele ano, a segunda maior vítima do trânsito foram pedestres, registrando 26,8% do total de mortes.

 

A informação é do Projeto Vida no Trânsito, coordenado pela Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) em parceria com a Fundação Municipal da Saúde (FMS), em que foram analisados e comparados dados recolhidos em 2014, da Companhia Independente de Policiamento de Trânsito (Ciptran), do Batalhão de Policiamento Rodoviário Estadual (Bpre) e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Esse projeto tem sido desenvolvido no Brasil todo, mas com maior foco em Teresina, Palmas, Campo Grande, Belo Horizonte e Curitiba, por serem as capitais com maior índice de acidentes de trânsito.

 

De acordo com os relatórios trimestrais do Projeto Vida no Trânsito de 2014 em Teresina, é possível verificar que a maioria dos casos com vítimas fatais é constituída por condutores de diversos veículos, como os carros e motocicletas, com 56,1%, em segundo lugar estão os pedestres, registrando 26,8% dos casos, e os passageiros somam 9,8% dos casos de vítimas fatais.

 

Quanto aos casos de acidentes com vítimas em estado grave, os condutores continuam com índice superior, com um total de 69,7%, já nessa situação, houve um aumento quanto a casos de passageiros, que indicou 15,2%, enquanto que o número de vítimas graves com pedestre reduziu, significativamente, para 10,3%.

 

Segundo Samyra Motta, coordenadora do Projeto Vida no Trânsito em Teresina, o número de casos com vítimas fatais, envolvendo pedestres, é bem maior que a de casos com vítimas em estado grave, isso se dá por conta da maior fragilidade do pedestre diante de choques com os demais veículos.

 

“Essa diferença de números ocorre porque o pedestre é a parte mais frágil do trânsito. Em caso de choque com qualquer outro veículo, ele tem maiores chances de se tornar uma vítima fatal, enquanto que os demais veículos, em caso de choque, em quase nada serão afetados”, esclarece Samyra Motta.

 

Para a coordenadora, o trânsito é de todos e, para que se evite qualquer tipo de acidente, é importante que todos sejam respeitados e, ao mesmo tempo, respeitem os demais.

 

“O trânsito é de todos e para todos, inclusive do pedestre, todos devem ser respeitados e também respeitar os demais. Porque, além dos condutores de automóveis, motociclistas e ciclistas, os pedestres também têm seu espaço e sua obrigação no trânsito”, destaca Samyra Motta.

 

Os dados do Projeto Vida no Trânsito ainda registram que a maioria das vítimas fatais, que se locomovem a pé, possui mais de 60 anos, sendo que a maioria é do sexo masculino e a ocorrência de casos fatais e graves é nos finais de semana.

 

Principais direitos e deveres dos pedestres 

Apesar de o pedestre ter prioridade sobre os veículos no trânsito, isso não quer dizer que ele possa andar livremente pelas ruas e avenidas, sem tomar os devidos cuidados. O pedestre, além dos veículos, também tem o direito de trafegar e tem na faixa de pedestre o principal elemento que garantirá a segurança, ao atravessar a rua.

 

O ideal seria que, ao colocar o pé na faixa, o pedestre já indicasse a pretensão de passar, no entanto, muitos motoristas ignoram e desrespeitam o direito de atravessar de quem está se locomovendo a pé.

 

Olhar para os dois lados antes de atravessar uma via e aguardar a passagem do veículo, ou que ele pare, são algumas dicas que garantem a segurança do pedestre.

 

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