A prefeitura de Paris quer que o metrô funcione a noite inteira, em vez de encerrar as atividades às 2 horas nas sextas-feiras e sábados e às 0h50 nos demais dias, como ocorre atualmente. O custo elevado e as dificuldades operacionais são os maiores empecilhos para a mudança, uma promessa de campanha da prefeita socialista da capital, Anne Hidalgo.
“Eu quero ampliar os horários do metrô, que, a longo prazo, poderia funcionar a noite inteira, inclusive nos dias de semana”, declarou Hidalgo, nesta terça-feira.
A prefeita destacou que essa modificação, que agradaria os parisienses e os milhares de turistas que visitam a cidade, depende da companhia que administra o transporte público, a RATP. O objetivo da prefeita é começar com uma adaptação gradual, com o aumento de uma hora de circulação por ano.
Paris só tem metrô até mais tarde em dias de festas excepcionais, como o réveillon, a Festa da Música, em junho, e a Nuit Blanche, em outubro. As linhas automáticas, que circulam sem condutor, seriam as primeiras a ficarem abertas por um tempo maior, por terem menos funcionários envolvidos nas operações. Atualmente, as linhas 1 e 14 funcionam desta maneira.
Obras de manutenção prejudicadas
O custo elevado para a mudança definitiva, estimado em € 40 milhões por ano, é uma das principais barreiras para o projeto. Além disso, as obras de manutenção e modernização do sistema são realizadas quando o metrô está fechado, entre 1h e 5h30. Cerca de 3 mil funcionários trabalham nessas funções noturnas.
A mudança de horários, alega a RATP, ocasionaria transtornos no tráfego durante o dia, quando o movimento é mais intenso. A rede parisiense não possui trilhos anexos que permitam que os trens circulem apesar das obras, como acontece em Nova York.
Enquanto a alteração não acontece, Paris conta com uma ampla rede de ônibus noturnos, que funcionam diariamente e transportam 350 mil usuários nos fins de semana.
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