Pedestre ainda sem espaço em avenida no centro de Recife

Apenas um pequeno trecho da avenida está livre do comércio informal. Em outras áreas, camelôs se amontoam na calçada dificultando ou impedindo o trânsito de pedestres

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Fonte: JC Online  |  Autor: JC Online  |  Postado em: 06 de fevereiro de 2015

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Pedestres continuam utilizando parte da rua para andar

créditos: Guga Matos/JC Imagem

 

Uma semana depois de iniciado o ordenamento do comércio informal da Avenida Conde da Boa Vista, no Centro do Recife, a população percebe que embora haja menos ambulantes entre as Ruas José de Alencar e do Hospício, o pedestre continua com dificuldade de caminhar. O trecho mais crítico fica na calçada do antigo Colégio Marista, onde estão concentrados os comerciantes cadastrados pela prefeitura. Entre as Ruas do Hospício e a 7 de Setembro a circulação também é difícil, pois para esse pedaço migraram muitos dos vendedores que não têm autorização legal para trabalhar.

 

A oferta de produtos permanece bem diversificada: chapéus e bonés, produtos eletrônicos, acessórios para celulares, adereços de Carnaval, bijuterias, óculos, lanches, material escolar. “Do jeito que estava, a gente quase não conseguia andar. Atrapalhava porque terminávamos batendo nos produtos dos ambulantes. Agora está melhor, mas acho que ainda tem muito comerciante”, comenta a operadora de telemarketing Carolaine Braga, que frequentemente passa pela Conde da Boa Vista para ir ao trabalho.

 

Para o vendedor de óculos Marcílio de Barros, a mudança de local não alterou a rotina de trabalho. Antes na calçada do Shopping Boa Vista, agora ele monta a barraca próximo ao Atacado dos Presentes. “Sou a favor de um local organizado para os ambulantes, com estrutura para atrair os clientes”, ressalta.

 

“Não concordo que deixem os camelôs sem trabalho. Mas tem que fazer alguma coisa. Está ótimo agora andar perto do Shopping Boa Vista. Lá era péssimo porque tinha gente demais. Agora ficou ruim perto da 7 de Setembro”, diz a dona de casa Maria do Carmo Barreto. No curto trecho de menos de cem metros, entre as Ruas do Hospício e 7 de Setembro, a reportagem contou 28 barracas de ambulantes.

 

Segundo a Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano, entre as Ruas José de Alencar e Hospício só estão autorizados a comercializar 50 camelôs, de um total de 180 que atuavam nesse trecho. Eles receberam crachás, o que garante a permanência no local. Estarão entre os que serão realocados para quatro terrenos adquiridos pela gestão – três na Rua da Saudade e um na Rua 7 de Setembro, onde haverá shoppings populares e praças de alimentação.

 

FISCALIZAÇÃO - “Estamos fiscalizando e só estão no trecho que começamos a ordenar, entre a José de Alencar e Hospício, os comerciantes cadastrados. Era natural que os que ficaram de fora migrassem para outros locais da Conde da Boa Vista. Por isso, na próxima semana, faremos o ordenamento da Rua do Hospício até a Rua da Aurora”, explica o secretário de Mobilidade e Controle Urbano, João Braga.

 

Após o Carnaval, adiantou o secretário, haverá uma terceira intervenção, desta vez entre as Ruas da Soledade e José de Alencar. A previsão é de que até o fim do ano o comércio informal da avenida seja totalmente retirado.

 

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