Sete cidades que estão tirando os carros de suas ruas

Levantamento revela sete cidades que desenvolvem projetos para reduzir o número de carros das ruas

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Fonte: ArchDaily Brasil  |  Autor: ArchDaily Brasil  |  Postado em: 02 de fevereiro de 2015

Helsinki

Helsinki

créditos: Google Imagens

 

Esta é sem dúvida uma das maiores mudanças que nossas cidades estão enfrentando. O reinado do automóvel chegou ao fim e o espaço das ruas está sendo aos poucos devolvido às pessoas,

 

São cada vez mais evidentes os efeitos negativos que os automóveis criam nos espaços urbanos. Os mais evidentes são a poluição do ar, os acidentes de trânsito e, claro, todo o espaço que ocupam, gerando congestionamentos e ambientes desagradáveis para as pessoas.

 

Em muitas cidades, o automóvel não é a forma mais eficiente de se deslocar. Por exemplo, em Londres os automóveis têm uma média de velocidade inferior a das bicicletas. Os motoristas de Los Angeles passam 90 horas por ano presos em engarrafamentos e, segundo um estudo britânico, os condutores passam 106 dias de suas vidas procurando uma vaga para estacionar seu carro.

 

A Fast Company realizou uma seleção de 7 cidades que seguem em frente na iniciativa de tirar os carros das ruas, um processo que muitas outras cidades experienciarão num futuro não muito distante. 

 

Madri

Madri proibiu os automóveis em certas ruas do centro da cidade, e durante janeiro, a região peatonal se amplia  ainda mais. Essa zona se estende por mais de um quilômetro quadrado, permitindo que os moradores possam entrar com seus carros, porém, que não mora na região recebe uma multa de US$ 100,00. Esse é um dos primeiros passos de um plano mais amplo para tornar o centro de uso exclusivo peatonal dentro dos próximos cinco anos. 

 

París

Ano passado, Paris passou por um dos episódios mais críticos de poluição atmosférica de sua história. Como resposta, restringiu-se o uso de automóveis durante alguns dias e foi oferecido transporte público gratuito durante a situação de emergência. O nível de poluição reduziu cerca de 30% em algumas horas, o que levou a cidade a iniciar algumas medidas permanentes de desincentivo ao uso de automóveis. As pessoas que não moram no centro não poderão entrar com seus carros nos finais de semana, uma regra que poderá ser estendida para toda a semana.

 

Até 2020 a cidade espera duplicar o número de ciclovias, proibir os automóveis movidos a diesel e fazer com que nas ruas onde há muito trânsito só possam circular automóveis elétricos e outros veículos de baixa emissividade.

 

Chengdu

Uma nova cidade satélite prevista para o sudoeste chinês, Chengdu foi projetada especialmente para pedestres, tornando desnecessário ter um carro, já que todos os serviços podem ser encontrados em 15 minutos de caminhada. 

 

O plano, projetado pelos arquitetos Adrian Smith e Gordon Gill, não proíbe os automóveis completamente, mas estipula que apenas metade das ruas pode receber o trânsito motorizado. 

 

Hamburgo

Hamburgo está tornando cada vez mais fácil se desvencilhar do automóvel. Uma nova "rede verde", que estará completamente concluída dentro de 15 ou 20 anos, conectará todos os parques da cidade, tornando possível ir de bicicleta ou a pé a qualquer lugar. A rede cobrirá 40% do espaço de Hamburgo. 

 

Helsinki

Helsinki espera uma avalanche de novos habitantes nas próximas décadas, porém, quanto mais gente vier para a cidade, menos automóveis serão permitidos nas ruas. Um novo plano estabelece um desenho que transformará subúrbios dependentes do automóvel em comunidades densas, caminháveis e vinculadas ao centro. A cidade também está elaborando novos serviços de mobilidade para simplificar a vida sem automóvel. Um novo aplicativo, que está sendo testado, permite que os cidadãos compartilhem carros e táxis ou encontrem o ônibus ou trem mais próximo. Helsink espera que em uma década seja completamente desnecessário ter um carro. 

 

Milão

Milão está provando uma nova forma de manter os automóveis fora do centro da cidade, prometendo aos concutores que deixarem seus carros na garagem gratuidade no transporte público. Através de sistemas de rastreamento, sabe-se se o automóvel foi usado para transportar o cidadão ao trabalho ou não. Se o carro não está em casa, o sistema envia ao condutor um vale no mesmo valor do bilhete de transporte público. 

 

Copenhague

Até 40 anos atrás, o trânsito em Copenhague era como o de qualquer outra cidade grande. Agora, mais da metade da população usa a bicicleta para ir todos os dias ao trabalho. 

 

Copenhague começou a introduzir zonas peatonais na região central durante a década de 60. As zonas livres de carros se expandiram lentamente por toda a cidade nas décadas seguintes. Foram construídos muitos quilômetros de ciclovias que conectam todas as partes da cidade. Copenhague tem uma das taxas de automóvel per capita mais baixas da Europa. 

 

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