Os técnicos que trabalham na licitação do metrô de Porto Alegre estudam adicionar quatro quilômetros à linha, ressuscitando um trajeto que havia sido abandonado por causa do alto custo. O trecho extra seria construído em via elevada e seguiria do Terminal Triângulo até as imediações da Fiergs. Com o acréscimo, a extensão do metrô passaria de 10 para 14 km. O custo total da obra permaneceria o mesmo.
Segundo o prefeito José Fortunati, há boas chances de que o percurso aumente de tamanho, beneficiando diretamente a população de alguns dos bairros mais populosos de Porto Alegre:
"Não posso ser irresponsável de já anunciar, mas conversei muito com os técnicos e garanto que há uma grande tendência de que isso aconteça. Estamos estudando para ver se realmente cabe no nosso orçamento", disse o prefeito.
O trecho entre o Triângulo e a Fiergs constava do projeto original do metrô, mas foi cortado porque encarecia demais a obra. O obstáculo era o terreno próximo à Fiergs que abrigaria o complexo de manutenção dos trens. Descobriu-se que corrigir problemas de alagamento na área teria um custo muito alto. A saída foi cortar os quatro quilômetros e prever um ramal subterrâneo de quase dois quilômetros, a partir do Terminal Cairú, que seguiria até um terreno bairro Humaitá onde funcionaria o terminal de manutenção.
Um dos quatro consórcios que tiveram suas propostas para o metrô classificadas, contudo, apresentou estudos sustentando que é possível estender a linha sem mexer nos cofres. Com os recursos que seriam gastos no ramal subterrâneo no Humaitá, a empresa propôs construir em via elevada o trecho da Zona Norte e deixar em outra área já identificada, e sem quaisquer problemas de drenagem, o complexo de manutenção.
As equipes técnicas estão preparando uma proposta final a partir das quatro que foram aceitas. Como parte desse processo, analisam se a extensão da linha na Zona Norte realmente não implicará em despesas adicionais. O edital de licitação sairá ainda no primeiro semestre de 2015. Se não ocorrerem imprevistos, a obra começará no final deste ano. A previsão é de quatro a cinco anos para a conclusão.
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