Quem torce para que o Bicicletar - sistema de bicicletas compartilhadas de Fortaleza - chegue a outros bairros da capital vai ter que esperar ainda alguns meses. Prometidas para fevereiro, as outras 25 estações patrocinadas pela Unimed seguem sem locais definidos para implantação.
Atualmente, de acordo com a Prefeitura de Fortaleza, técnicos do Plano de Ações Imediatas em Transporte e Trânsito (Paitt) estudam áreas para além dos bairros Varjota, Aldeota e Meireles, onde estão localizadas as 15 primeiras estações, entregues em dezembro do ano passado. O Centro da Cidade pode ser um dos novos pontos, adianta a assessoria de comunicação da Secretaria da Conservação e Serviços Públicos (SCSP).
Com mais de 23 mil viagens contabilizadas em um mês de atividade e picos de mil aluguéis aos domingos (por causa da Ciclofaixa do Lazer), ainda não houve nenhum registro de roubo ou furto dos equipamentos, garantem a Prefeitura e a empresa Serttel, que opera o sistema.
De acordo com a Prefeitura, após a entrega das próximas 25 estações, não há necessidade da abertura de novo edital de chamamento público para a expansão do Bicicletar. “A Serttel pode expandir, não precisa de nova licitação. Pode ser com o mesmo patrocinador (a Unimed) ou com outros patrocinadores, desde que seja apresentada carta de (intenção de) patrocínio”, explica a assessoria da SCSP. Caberia à Prefeitura, nesse caso, atuar como fiscalizadora do processo, de forma a preservar o padrão do equipamento já experimentado pela população.
Manutenção
Um funcionário da empresa Serttel, que preferiu não ser identificado, informou ao O POVO que rotas ambulantes percorrem diariamente as 15 estações do sistema Bicicletar para inspecionar os equipamentos e realizar manutenções necessárias. No mês de dezembro, a SCSP contabilizou 84 manutenções na oficina mecânica, a maior parte preventiva.
“Se uma bicicleta estiver com problema, tem os rapazes que fazem a manutenção. No caso de uma bicicleta quebrada que não der para fazer a manutenção (na própria estação), nós levamos para a ‘base’ e trazemos outra, substituímos”, explica o funcionário da Serttel. Sobre as manutenções consideradas mais comuns, ele pontua defeitos no freio e pneu seco.
A jornalista Rita Damasceno, 33, mora no bairro Benfica, mas faz questão de ir a outros bairros só para utilizar as bicicletas compartilhadas. “Tento andar nos lugares que têm ciclofaixa porque é mais seguro”, explica. E relata: “Já peguei uma bicicleta com o freio danificado, aí tive que trocar”.
Serviço
Cadastro no Bicicletar
Site: www.bicicletar.com.br
Gratuito (Bilhete Único), diário (R$ 5), mensal (R$ 10) e anual (R$ 60).
Contato: 4003 9594
Saiba mais
A Prefeitura de Fortaleza diz que, antes de implantar uma estação de bicicletas compartilhadas, tenta adequar o local ao plano cicloviário da cidade.
De segunda a sábado, o número de viagens por dia varia entre 800 e 950, calcula o Paitt.
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