Metrô de Salvador: Estação Bom Juá será aberta em março; Pirajá só em junho

Extensão havia sido prometida para este mês. Atualmente, cinco estações estão em funcionamento: Lapa, Campo da Pólvora, Brotas, Acesso Norte e Retiro

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Fonte: Correio 24 horas  |  Autor: Amanda Palma  |  Postado em: 13 de janeiro de 2015

Bom Juá será a sexta estação do metrô

Bom Juá será a sexta estação do metrô

créditos: Evandro Veiga

 

Em dois meses, a linha 1 do metrô vai crescer um pouco mais e chegará a 8,7 km com a inauguração da Estação Bom Juá. A previsão do novo trecho foi anunciada pelo governador Rui Costa (PT) durante visita às obras da estação, ontem pela manhã.

 

De acordo com o cronograma das obras, a Estação Bom Juá deveria ser entregue em janeiro, juntamente com a de Pirajá, que também foi adiada. Segundo o governador, a obra deve ser concluída ainda este mês, mas antes passará por testes e ajustes. Por isso, só estará disponível para a população em março.

 

Com a nova estação, a viagem da Lapa até Bom Juá será feita em 12 minutos. “A obra da estação propriamente dita está em fase de acabamento, precisa testar a parte elétrica, dos trens”, disse o governador.

 

Hoje, o trecho entre a Lapa até o Retiro tem 7,3 km – 1,7 km a mais de quando o metrô foi inaugurado, em junho do ano passado.

 

Com a inauguração, cerca de 100 mil pessoas que moram nos bairros de Arraial do Retiro, Bom Juá, Fazenda Grande do Retiro e São Gonçalo do Retiro devem ser beneficiadas. Atualmente, cinco estações estão em funcionamento: Lapa, Campo da Pólvora, Brotas, Acesso Norte e Retiro.

 

Rui Costa afirmou que o governo encomendou à CCR estudos para garantir acessibilidade dos moradores do entorno. “Nós vamos ter obras complementares, inclusive existe a possibilidade de colocar teleféricos em algumas estações para as pessoas que moram em morros próximos”, disse.

 

O ponto de parada em Bom Juá já está 90% concluído, segundo o diretor-presidente do grupo CCR, Harold Peter Zwetkoff. O que falta agora é instalação da parte elétrica, catracas de bloqueio e o sistema de telecomunicações.

 

Lá, os trilhos serão diferentes das outras estações e a base por onde os trens vão passar é de concreto e não de lastro de brita, como nas outras estações. De acordo com a concessionária CCR, optou-se por um sistema mais moderno, o LVT (Low Vibration Track), que reduz o ruído e vibração.

Cronograma

A próxima estação a ser entregue é a de Pirajá, que também está em obras. Ela deveria ser entregue este mês, mas só deve ser concluída em junho deste ano. Já a operação vai depender de como vai ocorrer a fase de ajustes dos trens. Lá também ficará o pátio de manutenção de todos os vagões.

 

Segundo Harold Peter Zwetkoff, o cronograma teve que ser alterado por conta da mudança do projeto que incluiu a extensão da linha 1 do metrô até Cajazeiras. “Tivemos que refazer o cronograma, (porque se) decidiu construir o tramo três da linha, até Cajazeiras e, inclusive, a Estação de Pirajá mudou de lugar”, disse.

 

Linha 2

O governador também estimou que ainda essa semana seja dado um novo passo para a ampliação do metrô de Salvador, com a liberação do alvará para a construção da linha 2, que passa pela Paralela e vai até o aeroporto.

 

“Esse ano pode se iniciar as obras, espero essa semana ainda dar ordem de serviço na linha 2 e teremos a sequência do trem chegando ao Iguatemi e depois na Paralela”, disse Costa. A previsão é de que a linha 2 seja concluída em 2017.

 

O secretário municipal de Urbanismo de Salvador, Silvio Pinheiro, foi procurado pela reportagem para falar sobre a liberação do alvará, mas não foi localizado até a noite da terça-feira (6). Apesar de estar em funcionamento há oito meses, o metrô continua em operação assistida, sem a cobrança da tarifa por conta de um impasse entre a prefeitura de Salvador e o governo do estado.

 

Segundo o governador, a discussão para chegar a um acordo está acontecendo entre os secretários estaduais e municipais, mas ele espera ter um encontro com o prefeito  de Salvador, ACM Neto (DEM).

 

“Nós vamos procurar a prefeitura para resolver definitivamente essa questão da integração. Tem que ser com Bilhete Único, vamos fazer os ajustes finais com o município para que possamos ter a integração”, afirmou Rui Costa.

 

O secretário municipal de Mobilidade, Fábio Mota, foi procurado pelo CORREIO, mas não respondeu até o momento. Enquanto não se chega a um consenso, o metrô vai continuar operando gratuitamente, mas a cobrança deverá acontecer nos próximos meses, segundo o governador, inclusive para que se viabilize a operação do modal.

 

Mesmo sem ainda chegar a um acordo com a prefeitura da capital, o governo do estado quer garantir que haja a integração também quando o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) estiver funcionando no futuro. A expectativa é de que o novo modal seja licitado ainda nesse semestre. O VLT vai funcionar de Paripe até o Comércio, substituindo o atual sistema de trens do Subúrbio. 

 

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