BRT de Londrina (PR) pode ser substituído por sistema mais simples

Com receio de que modelo do BRT se torne caro com baixa demanda, prefeitura da cidade discute com técnicos a viabilidade de outro sistema, o BHLS, usado na Europa

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Fonte: Folha Web  |  Autor: Redação Bonde/ Folha Web  |  Postado em: 27 de novembro de 2014

BHLS, modelo europeu que dispensa canaletas exclus

BHLS, modelo que dispensa canaletas exclusivas

créditos: Reprodução

 

A prefeitura de Londrina está reunida nesta quarta e quinta-feira (27) com técnicos da Embarq Brasil, ONG especializada em projetos de mobilidade urbana, para discutir ajustes no modelo de transporte rápido apresentado em março deste ano. 

 

A ideia original do BRT (Bus Rapid Transit) previa corredores exclusivos para ônibus articulados e 23 estações, além de dois terminais e diversas intervenções viárias, com recursos do programa federal ProTransporte, sendo R$ 124 milhões da Caixa Econômica Federal e R$ 19 milhões de contrapartida. 

 

No entanto, de acordo com o assessor executivo da prefeitura, Carlos Alberto Geirinhas, o projeto passará por adequações para atender o porte de uma cidade de 500 mil habitantes como Londrina. O receio da prefeitura é tornar o sistema de transporte coletivo caro com a demanda abaixo do esperado. Para o BRT ser autossuficiente, seria necessário que mais de 90% da população local fizesse uso de transporte público. 

 

BHLS

A previsão de Geirinhas é que o BRT seja substituído por outro modelo, o do BHLS (Bus with High Level of Service), desenvolvido na Europa. O sistema é mais simples, dispensa obras de infraestrutura pesada e tem capacidade de transporte de até 60 mil passageiros por dia, sem necessidade de construir canaletas exclusivas. Em cidades como Madrid e Amsterdam, o sistema atende de 30 a 40 mil usuários/dia. 

 

Seriam estabelecidas as já existentes faixas exclusivas para ônibus e as estações seriam uma evolução dos atuais abrigos, com espaço maior de cobertura, área para estacionamento de bicicletas e piso elevado para embarque. 

 

Na Europa, o sistema também tem prioridade semafórica e pequenos trechos preferenciais para evitar interseções congestionadas, agilizando o percurso. 

 

"O BRT do jeito que estava sendo imaginado precisaria de obras profundas. Vamos tentar usar ao máximo a estrutura já existente para implantar o sistema de forma mais rápida possível", afirmou Geirinhas em entrevista à rádio Paiquerê. Ele confirmou que, apesar das possíveis alterações no projeto, o recurso do ProTransporte segue garantido. 

 

As mudanças discutidas entre representantes da prefeitura e técnicos da Embarq devem ser anunciadas nos próximos dias.

 

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