No Ceará, obras de mobilidade prometidas para a Copa seguem inacabadas

Obras do aeroporto e do VLT não têm prazo para serem concluídas. Nos dois casos, novas empresas serão contratadas para concluir obras

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Fonte: G1  |  Autor: G1 CE  |  Postado em: 31 de outubro de 2014

Obras no aeroporto Pinto Martins estão paradas

Obras no aeroporto Pinto Martins estão paradas

créditos: TV Verdes Mares/Reprodução

 

O que seria um legado da Copa do Mundo de 2014, a obra de ampliação do Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza, continua inacabada e em estado de abandono. Interrompida em maio, mês que deveria ter sido entregue, apenas 15% do projeto de R$ 336 milhões foi realizado pelo consórcio responsável pela obra, que recebeu R$ 79 milhões.

 

Agora, a Empresa de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) está cobrando multa de 10% do valor total do contrato pelo atraso e busca, nas outras empresas que participaram da licitação, uma proposta para dar andamento à obra. “Mais uns 90 dias para elaboração do processo licitatório, acredito que até março de 2015 nós estaremos com a empresa habilitada, iniciando as no aeroporto de Fortaleza”, acredita Adilson Teixeira, diretor de engenharia da Infraero.

 

Integrante do pacote de projetos de mobilidade urbana para a Copa do Mundo, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) de Fortaleza também não tem previsão de entrar em operação. A obra foi paralisada dois meses antes do mundial e ainda aguarda uma nova licitação para escolher empresa que irá concluir o empreendimento. O ramal do VLT terá 12,7 km de extensão em via dupla – 11,3 km em superfície e 1,4 km em elevado – e cruzará 22 bairros, fazendo conexão entre a estação Parangaba e o porto do Mucuripe.

 

Os motoristas têm dificuldade de passar pela avenida, parcialmente interditada. A água fica acumulada nas valas abertas para a instalação do sistema de drenagem, também interrompido. “Aqui é um verdadeiro atentado à saúde”, diz o empresário Ronald Frota Alencar. Sem previsão de ser concluída, a obra do VLT trouxe apenas decepção para os moradores. “Ia passar um VLT, esse bairro ia se valorizar mas, infelizmente, nada disso se realizou”, lamenta o aposentado Péricles Correia Lima.

 

Outros estados

A paralisação de obras não ocorre apenas em Fortaleza. Três meses depois da Copa, as melhorias no aeroporto de Manaus também não foram concluídas. Mesma situação das obras de pavimentação, esgotamento sanitário e drenagem em Natal. Em Recife, a implantação de três corredores de ônibus ficou para o último dia do ano.

 

Das 15 obras previstas para o mundial em Porto Alegre, só três estão concluídas. O atraso é atribuído à demora da Justiça nas desapropriações de terrenos, na escassez de materiais, além de imprevistos que exigiram adaptações dos projetos. Em Cuiabá, a entrega do VLT também foi adiada para o final do ano que vem. Já o de Brasília, teve o projeto reiniciado depois que a Justiça determinou a suspensão das obras e anulou a licitação por irregularidades do edital.

 

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