O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) está realizando uma pesquisa sobre a demanda, origem e destino dos passageiros que utilizarão o futuro modal de transporte hidroviário na região, previsto para ser implantado após a construção do túnel ligando Santos a Guarujá, na Baixada Santista, em São Paulo.
A primeira reunião sobre o tema foi realizada em Guarujá, na última sexta-feira (24), no Paço Municipal, com a participação do vice-prefeito e secretário de Infraestrutura e Obras, Duíno Verri Fernandes, o diretor da Agencia Metropolitana de Desenvolvimento (Agem), Marcelo Bueno, além de secretários e técnicos da Prefeitura de Guarujá e do IPT.
O estudo foi contratado pelo Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo. A pesquisa conta com o apoio da Agem, que irá realizar diversas reuniões para colher informações, documentos e mapas junto a todas as prefeituras que serão beneficiadas pela ligação hidroviária metropolitana — Cubatão, Guarujá, Santos e São Vicente — e que será integrada a outros modais de transporte já existentes, ou em fase de execução, como o futuro Veículo Leve de Transportes (VLT), que em sua primeira fase ligará Santos a São Vicente.
O vice-prefeito e secretário de Infraestrutura e Obras, Duíno Verri Fernandes lembrou da importância de incluir todos os modais de transporte no estudo, inclusive as bicicletas, um dos principais modos de locomoção nas cidades da Baixada. “Precisamos de uma pesquisa local. A bicicleta é um importante meio de transporte e alivia a carga no trânsito”, frisou. Segundo Fernandes, com a conclusão do túnel, o trânsito local sofrerá um grande impacto, inclusive com os veículos que vem do Litoral Norte, que passarão a utilizar o túnel para acessar Santos e outras cidades da Baixada Santista.
Para o diretor a Agem, Marcelo Bueno, o ideal é que os modais estejam interligados e sejam previstos nos Planos de Mobilidade Urbana que estão sendo elaborados pelas prefeituras, que deverão estar concluídos até o início do próximo ano. “Guarujá irá apresentar seu Plano e o ideal é que ele esteja vinculado a um Plano Regional, por isso é importante que a Agem esteja participando de todo processo”, explicou.
A Agem irá organizar reuniões com outras prefeituras da Baixada para que seja realizado um mapeamento inicial da realidade de cada cidade colhendo informações como crescimento populacional, movimento populacional dentro dos municípios, oferta de empregos, horários de pico no trânsito, novos empreendimentos, modais de transporte existentes, entre outros.
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