A rede wifi do Metrô na Sé foi aberta nesta semana, mas já faz usuários pararem perto das placas e algumas vezes até sentarem no chão para usar com calma a internet. Mesmo assim, é visível que ainda são poucos os passageiros que utilizam o serviço. Os que têm paciência de aceitar o termo de uso e cadastrar o e-mail aprovam a velocidade de conexão. “É excelente”, descreve o auxiliar de escritório Otavio Gomes, 26, que passa pela estação todos os dias.
O Metrô afirma que o pico da internet chega a 45 Mbps. O G1 fez dois testes de velocidade da internet em dois celulares, um da marca Apple e um da Samsung. No primeiro, a velocidade de conexão chegou a 37 Mbps de download. No segundo, a velocidade apontada pelo celular foi de 24 Mbps. Os testes foram feitos por volta das 15 horas, um horário fora do maior fluxo na estação.
A meta do Metrô é chegar a mais cinco estações até o fim de 2014. A próxima a receber uma rede será a Paraíso, das linhas Azul-1 e Verde-2 do Metrô. As outras quatro estações que terão a rede em 2014 ainda não foram definidas. Segundo a assessoria, é preciso pensar em um ponto específico para a rede, já que ela pede locais onde a parada de alguns usuários para o uso da internet não atrapalhe a circulação dos passageiros.
Vídeos, imagens e mensagens
Longe do horário de pico, a rede da Sé surpreendeu nos testes mais básicos de envio e recebimento de arquivos. Para ver um vídeo, por exemplo, o que numa velocidade oferecida pela rede 3G normalmente exigiria a espera das informações serem carregadas, foi muito fácil e não era preciso aguardar. Bastava iniciar a visualização.
A velocidade de upload, que normalmente é mais baixa que a de download, variou entre 24 e 7 Mbps entre um celular e outro. Essa é a velocidade que define o tempo que levaria para um usuário subir uma foto em uma rede social, por exemplo. Gomes disse que conseguiu postar dados numa rede social, conversar por outra rede, entrar num site de notícias e entrar no email. “Tudo rápido e fácil”, disse.
O fotógrafo Felipe Laurito, 26, disse que não usa a rede, pois acha que pode ficar muito congestionada e prefere o 3G. Apesar disso, ele viu a placa do wifi e testou a conexão. “É uma velocidade boa”, elogiou. “Acho que a velocidade é praticamente a mesma do meu 3G, mas a rede 3G sempre cai, então é bom ter uma rede wifi por perto.”
Laurito afirma que pode ser interessante a internet em mais estações, mas faz a ressalva do congestionamento da rede. O metrô informa que até 200 usuários podem usar a internet simultaneamente na Sé. Cada pessoa pode acessar a rede por 20 minutos, no máximo, com intervalos de 15 minutos.
No notebook, não
O engenheiro civil José Augusto Gomes, 44, trazia consigo, além do smartphone, um notebook. O acesso na rede pelo computador, porém, era muito lento e parou de funcionar rapidamente. Mesmo assim, o engenheiro elogiou a iniciativa. “No momento em que tudo gira em torno da comunicação rápida, do acesso rápido à internet, acho importante ter redes como essa nas estações de metrô.”
Ele também diz que, quando a rede wifi chegar em mais estações, ele pretende parar para usar. “Apesar de ser muito lento o acesso no notebook, muito mais lento que na minha casa, acho que eu pararia na estação para utilizar mais a internet no celular”, afirma o engenheiro.
“Pensei que seria lento por ser Metrô”
A estagiária de advocacia Nayara Souza, 19, passa pela estação Sé todos os dias. “Venho muito nos fóruns aqui perto”, afirma. Ela diz que se surpreendeu com a alta velocidade do acesso pela rede wifi. “Hoje foi a primeira vez que acessei porque na segunda não consegui. Pensei que seria lento por ser metrô e ter muita gente passando, mas acho que a velocidade está melhor que a da minha casa”, afirma.
A rede da Sé é a “wifi_metro_sp” e para acessá-la é preciso cadastrar um email no navegador e aceitar o termo de condições de uso. Nayara disse que após o cadastro, conseguiu acessar facilmente um aplicativo de mensagens, além de publicar e ver fotos publicadas pelos amigos no Instagram.
Na Sé, só é possível acessar a internet da plataforma superior, próximo às catracas e ao vão central. Os locais de melhor acesso são sinalizados por placas. O metrô diz que terá redes wifis em todas as estações até o fim de 2015 e algumas das 67 estações terão mais de uma área de acesso, o que explica a meta de 75 áreas de acesso até o fim de 2015.
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