A cada ano, cerca de 4 mil novaiorquinos são feridos seriamente e mais de 250 morrem na metrópole americana por causa de acidentes de trânsito. Na cidade, os atropelamentos por veículos motorizados são a principal causa de lesões e mortes entre crianças até 14 anos, e a segunda causa entre as pessoas adultas. Em média, uma pessoa é atropelada a cada duas horas nas ruas da metrópole, segundo números do NYC Departamento de Transportes.
A situação vem melhorando nos últimos anos. Eram 701 mortes/ano em 1990; baixaram para 381 no ano 2000; e em 2011 chegaram a 249 mortes.
A média atual de mortes no trânsito em Nova York gira em torno de 2,94 mortes por 100 mil habitantes, bem menos do que a média de 15 mortes por 100 mil habitantes, na cidade de São Paulo, ou de 22,4 mortos por 100 mil habitantes, a escandalosa cifra nacional de baixas por acidentes de trânsito.
Mas, a prefeitura novaiorquina considera seus números vergonhosos. "A missão primária de qualquer governo é proteger seus cidadãos", diz o texto de apresentação do plano "Vision Zero Action", que pretende acalmar o tráfego na Big Apple. O projeto inclui o redesenho de algumas ruas e esquinas, nova sinalização, uma campanha de conscientização e alguns ajustes na legislação de trânsito.
O texto do plano explica que não há nenhuma medida mágica, que possa mudar o quadro imediatamente, mas uma das propostas cabe como uma luva nas ruas brasileiras: a redução da velocidade em todas as vias de Nova York para o máximo de 25 milhas por hora, pouco mais de 40 km/hora.
Novos sinais, sistemas de balizamento e mesmo a mudança de pavimentação em alguns trechos prometem "ajudar" o motorista a tirar o pé do acelerador. Quando isto não funcionar, a polícia vai entrar em cena, diretamente ou por meio da fiscalização eletrônica. E um aperto na leis permitirá a punição imediata dos motoristas que conduzam seus veículos de forma perigosa na área urbana.
Conheça o plano Vision Zero Action no link www.nyc.gov/html/visionzero/pdf/nyc-vision-zero-action-plan.pdf
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