Prefeitura de SP cria projeto piloto de entrega noturna de cargas

Testes acontecerão até 2015, com participação de 18 empresas. Objetivo é reduzir o impacto no trânsito da cidade das entregas em centros comerciais

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Fonte: Mobilize Brasil  |  Autor: Du Dias, com informações da CNT e PMSP  |  Postado em: 14 de outubro de 2014

Trânsito na chegada a capital

Trânsito na chegada à capital

créditos: Marcelo Camargo/ ABr

Com o objetivo de reduzir o impacto no trânsito da cidade causado pelas entregas em shoppings centers, hipermercados e atacadistas, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), deu início a um projeto piloto de entrega noturna de cargas. O período de testes, iniciado no começo da semana, auxiliará na criação de um novo modelo para a circulação de cargas pela cidade, e segue até fevereiro de 2015. Dezoito empresas participarão desta fase do projeto na zona oeste da capital.

 

A exemplo da experiência bem-sucedida desenvolvida pela prefeitura de Nova York em 2010 (projeto Off-Hour Delivery), que foi transformado em política oficial, o executivo paulistano acredita que a entrega noturna possibilita melhorar a mobilidade da cidade utilizando o sistema viário em horário ocioso. Segundo dados da Secretaria Municipal de Transportes, 76 mil caminhões circulam por dia no centro expandido e 80% do espaço das ruas e avenidas no mini-anel viário fica ocioso durante a madrugada.

 

O período de teste ocorrerá entre as 21h e 5h e durará 30 dias, quando participarão alguns estabelecimentos localizados na região delimitada pela Marginal Tietê, Ponte da Freguesia do Ó, Marquês de São Vicente, Pompéia, Heitor Penteado, Dr. Arnaldo, Pacaembu, ponte da Casa Verde e Marginal Tietê. A região escolhida para os testes contém restrições de tráfego para entregas diurnas e tem instaladas empresas de grande porte, como shopping e home centers e super ou hipermercados.

 

Ruído

Segundo a Secretaria Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade (SMT), as maiores dificuldades serão a garantia da segurança e o respeito à Lei do Psiu (Programa de Silêncio Urbano). Para isso, a Polícia Militar e a Secretaria das Subprefeituras participam da iniciativa, a fim de implantar ações de segurança nas entregas e estudar caso a caso ações de mitigação de ruído na operação. Por outro lado a expectativa é de que a ação traga uma série de benefícios, como na otimização das entregas devido à utilização de veículos maiores, a consequente redução do frete, economia de tempo de permanência no trânsito e de carga e descarga, além de redução do congestionamento diário na região. Estes serão os aspectos que devem ser monitorados durante o projeto piloto.

 

Os resultados servirão para o aprimoramento da experiência, a fim de que ela possa ser expandida para outras áreas da cidade. As próximas fases do projeto estão marcadas para dezembro e janeiro.

 

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