Os ministérios das Cidades e do Planejamento, Orçamento e Gestão assinaram nesta quinta-feira (25) com a Prefeitura de Niterói e a concessionária responsável a ordem de início das obras para o corredor de ônibus expresso TransOceânica. A via ligará a região oceânica e a zona sul de Niterói e faz parte do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) mobilidade.
As obras e o projeto executivo serão executados pelas empresas Constran S.A. Construções e Carioca Engenharia Christiani Nielsen, e a licitação, com 85% de recursos federais, foi orçada em R$ 310 milhões. A construção da via deve começar entre fevereiro e março do ano que vem, e durar 18 meses, com previsão de conclusão para 2016. A estimativa da prefeitura é que, com a ligação pelo corredor expresso de 9,3 quilômetros, o tempo de viagem caia em cerca de 50 minutos.
O vice-prefeito Axel Grael, que também é diretor do escritório geral de projetos, falou sobre a expectativa da redução do trânsito.
"Essa é uma região robusta da cidade e a ideia é fazer um meio de transporte competitivo e confortável para que as pessoas deixem o carro em casa."
Diferente das vias inauguradas recentemente no Rio, que são BRTs, a Transoceânica terá um serviço de ônibus chamado BHLS (Bus of High Level Service), que se diferencia por somar as linhas alimentadoras ao próprio corredor expresso, sem a necessidade de baldeações, como disse o prefeito Rodrigo Neves.
"Os ônibus saem dos bairros e entram no corredor para ir até o outro lado. É um modelo mais europeu, enquanto o BRT é mais norte-americano."
Um túnel de 1,2 quilômetro de extensão será construído e, além da via exclusiva e de duas faixas para carros, a Transoceânica terá uma ciclovia.
A ministra do Planejamento, Mirian Belchior, participou do lançamento e destacou a importância de o transporte ser implementado com integração tarifária com as barcas que ligam Charitas ao Rio de Janeiro. Segundo o vice-prefeito, já foi pedido ao governo do estado a criação de uma tarifa social no transporte de barcas entre o trecho, para que o preço seja atrativo a quem hoje opta pelo carro.
Miriam também falou sobre as comissões criadas no governo para apurar os erros na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. De acordo com a ministra, a comissão tem a mesma composição que todas as sindicâncias e é preciso esperar o trabalho de apuração. Segundo ela, não há reclamações oficiais do IBGE sobre rigor excessivo no processo.
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