O Rio segue o caminho de Curitiba. E anuncia nesta sexta-feira (19) a incorporação à frota do BRT de dois dos maiores ônibus do mundo: um veículo biarticulado (com duas sanfonas) com 28 metros de comprimento e que pode transportar até 270 passageiros. Os dois veículos cariocas, semelhantes ao que circulam desde abril de 2011 em Curitiba, vão entrar em testes para circular pelos corredores exclusivos.
Fabricado pela Neobus/ Volvo, o Mega BRT transporta mais pessoas que um Boeing 737 ou o equivalente a três ônibus normais e meio. Segundo o site da empresa, tem espaço interno maior tanto na largura quanto na altura. O espaço para cadeirantes também é maior, assim como os assentos especiais para obesos, idosos e gestantes.
Os novos ônibus são cinco metros mais compridos que os atuais BRTs e têm mais uma porta de embarque e desembarque de passageiros. Segundo o Consórcio BRT, ainda não foi decidido se será necessário fazer adaptação nas plataformas ou se a quinta porta desses ônibus não será utilizada.
Os Mega BRTs vão entrar em teste. A Prefeitura e o consórcio estudam quais linhas deverão ser atendidos pelos novos ônibus. Há uma tendência de que eles sejam utilizados nas plataformas de maior fluxo de passageiros e em ligações ponto a ponto, sem paradas intermediárias, do tipo Madureira – Alvorada.
O fato de o Mega BRT ser considerado o maior ônibus do mundo não vai exigir treinamento específico de seus condutores. O consórcio informa que todos os motoristas de BRTs têm habilitação da categoria E – que permite dirigir veículos articulados – e passam por um intensivo de dois meses, inclusive em simuladores para poder pilotar os ônibus já em atividade.
Atualmente, circulam pelos corredores exclusivos do Rio ônibus articulados de 18 metros (para 140 passageiros), de 21 metros (para 185 passageiros) e de 23 metros (para 200 passageiros).
No Mega BRT de Curitiba, chamado de Ligeirão, há sinais luminosos nas portas para facilitar o embarque e desembarque de deficientes visuais. Também foram instaladas plaquetas em braile com o número e o destino do veículo na área dos assentos desses passageiros.
Por causa do clima mais frio de Curitiba, esses ônibus são movidos por óleo à base de soja, combustível que melhor se adaptou às condições locais. Eles são mais rápidos e param em menos estações. No Rio, eles vão usar Biodiesel S10. Mas o consórcio está testando em sete carros da frota um biocombustível à base de cana de açúcar, desenvolvido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que poderá abastecer os Mega BRTs.
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