O aumento da qualidade de vida e na saúde dos trabalhadores se reflete no ambiente de trabalho, tornando-o mais agradável e produtivo. Ao mesmo tempo, as empresas têm custos menores com planos de saúde e com o absenteísmo dos colaboradores.
Outra dica: uma estrutura básica para pendurar uma bike custa de R$ 30 a R$ 100. Enquanto isso, para construir um novo estacionamento na área central da cidade gasta-se, em média, R$ 50 mil por vaga. No mesmo espaço utilizado por um carro cabem até 12 bicicletas.
Alguns destes dados fazem parte do manual De Bicicleta para o Trabalho, que foi lançado na última sexta feira no II Fórum Salvador Vai de Bike. Com o tema As Empresas, a Bicicleta e a Cidade, o evento teve como foco o setor empresarial.
O diretor da ONG Transporte Ativo, José Lobo, o presidente da Tito Bikes, Tito Caloi, e o presidente da Associação Brasileira de Bicicletas (Aliança Bike), Marcelo Marciel, marcaram presença no encontro.
Estrutura
Em entrevista ao CORREIO, Marciel revelou que com o investimento de R$ 300 a R$ 500, em uma empresa pequena, com dez funcionários, é possível montar uma estrutura para guardar as bikes. Já em uma empresa maior, de 100 funcionários, o gasto com o bicicletário pode chegar a R$ 5 mil.
Uma estrutura intermediária de incentivo ao uso das bikes, com um vestiário, custa de R$ 4 mil a R$ 5 mil, em empresas de pequeno porte, e R$ 45 mil nas maiores.
“Há um movimento de conscientização por parte da população sobre os benefícios da bicicleta e a influência negativa do uso de veículos poluentes. Por isso os empresários conscientes saem na frente ao adaptar sua infraestrutura”, conta.
Usuário há nove anos, o professor de Arte e Educação e de Música da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Eduardo Luedy, 48 anos, trocou o carro velho pela bike. O motivo inicial para a troca foi dinheiro.
Ao invés dos R$ 1 mil que gastava por mês, a bicicleta lhe consome, hoje, menos de R$ 20. Além de sempre andar pela cidade com a sua ‘queridinha’, Luedy pedala dez quilômetros do Corredor da Vitória, onde mora, até a região do Iguatemi, onde pega um ônibus fornecido pela Uefs para ir ao trabalho.
“Embarco no ônibus às 6h e coloco a bike no bagageiro. Na universidade percorro a maioria dos trajetos com ela”. Apesar de não ter onde colocar a bicicleta, ele sempre dá um jeito. “Às vezes, deixo na minha sala, outras na porta das salas de aula, ou até mesmo dentro delas”.
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