Guardas civis metropolitanos farão rondas nas ciclovias da cidade. O anúncio foi feito pelo prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, no final de agosto e aos poucos a medida já está sendo implantada. A proposta é de que os agentes circulem em bicicletas pelas faixas exclusivas para garantir o uso adequado da estrutura pela população e também promover maior segurança aos ciclistas.
No dia de hoje (1), alguns policiais já eram vistos pedalando pelas ciclovias do Centro. Conforme informado pelo prefeito, o projeto é de incluir de três a quatro guardas por quilômetro. Como o plano cicloviário prevê a construção de 400 km de ciclovias pela cidade, ao menos 1.200 agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) devem ser capacitados para exercer a função.
O modelo aplicado na cidade paulista foi inspirado em ações bem-sucedidas em outros países. “Estamos vendo na experiência internacional algumas cidades que colocam a guarda civil nas ciclovias não só para assegurar que as ciclovias sejam bem utilizadas, só pelos ciclistas, mas também fazer com que a ronda da cidade se faça na malha cicloviária. Com isso, o guarda vai poder monitorar o que está acontecendo na cidade, o comércio local, ou orientar uma pessoa de forma mais ágil”, explicou Haddad.
Baixo investimento
O Parque do Ibirapuera teve as rondas de bicicleta dobradas e, segundo o prefeito, os casos de furtos no parque caiu a zero. Para que seja possível implantar o sistema em São Paulo inteira, a prefeitura precisará adquirir mais bicicletas. Mas, o investimento do projeto é considerado baixo.
Uma mudança na legislação nacional poderá tornar o sistema ainda mais eficiente. Conforme a lei Nº 13.022/2014 de oito de agosto de 2014, sancionada pela presidente Dilma Rousseff, a GCM também poderá fazer a fiscalização das vias, ou seja, os guardas municipais também poderão multar os infratores de trânsito.
O prefeito acredita que a cidade passa por um processo de mudança cultural. “Se as pessoas forem para a rua, se apropriarem do espaço público, melhora o comércio de rua, melhora a segurança, vão exigir mais iluminação e asfalto. Tudo passa a ser consequência da presença delas. Se estão dentro de casa, não se apropriam, acontece o contrário disso”, finalizou Haddad.
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