BH: Ciclista poderá chegar ao metrô e ao BRT em 150 km de pistas

Belo Horizonte terá 60 novos trechos de ciclovias interligados ao BRT/Move e ao metrô

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Fonte: Hoje em Dia  |  Autor: Renata Galdino  |  Postado em: 20 de agosto de 2014

Obras incluem pavimentação, sinalização e construç

Obras incluem pavimentação, sinalização e calçadas

créditos: Flávio Tavares/Hoje em Dia

 

Avenidas próximas às estações dos dois principais meios de transporte público da cidade terão rotas exclusivas para bicicletas. Na lista estão vias estratégicas, como Abraão Caram, na Pampulha, e Silviano Brandão (Leste). Ao todo, até 2020, serão 150 quilômetros de trajetos que permitirão ao ciclista migrar para os modais.

 

A verba estimada para a melhoria da rede de ciclovia integrada, incluindo a construção de bicicletários, é de R$ 22 milhões (R$ 150 mil por quilômetro implantado). O montante é pleiteado pela prefeitura junto ao governo federal, dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 50), lançado no ano passado. O projeto está em análise na Caixa Econômica Federal. 

 

A expectativa da BHTrans é a de que o dinheiro seja liberado ainda neste ano, o que permitiria a implantação dos novos trechos na sequência. “Acreditamos que a aprovação do pedido será rápida, uma vez que, nas negociações, ficou acertado que a União iria financiar uma extensão expressiva de ciclovias na capital mineira, desde que a rede permita acesso às estações do metrô ou Move, ou ainda a interligação entre essas plataformas”, explica o presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar.

 

Até agora, na cidade, foram implantados 60 quilômetros de ciclovias. Espera-se inaugurar outros 40 até o fim do ano. A meta é chegar, em 2020, com 360 quilômetros. Os 150 quilômetros interligados às estações estão incluídos no pacote.

 

Aprovação

A integração entre modais é defendida por especialistas. Para o urbanista Sérgio Myssior, membro do Conselho Superior do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-MG), parte do percurso pode ser feito de carro, ônibus ou bicicleta, por exemplo, e o restante, em outro. “A partir do momento em que o transporte público é seguro, eficiente e confortável, mais pessoas migrarão para ele, e é necessário estar preparado para dar o suporte”, reforça.

 

Mas, para muitos ciclistas, andar de bicicleta na capital ainda é uma aventura e há dificuldades até mesmo de transportar a bicicleta no metrô ou no Move. No caso dos ônibus, o veículo só pode ser embarcado após às 15h de sábado. A entrada é livre de restrições apenas aos domingos e feriados. A BHTrans elabora um estudo para verificar se o horário tem como ser ampliado. “Isso vai facilitar para o ciclista, que poderá levar a bicicleta em um trajeto maior”, ressalta o bikeboy Marcos de Souza.

 

No metrô, o acesso com as magrelas é livre aos domingos e feriados. De segunda a sexta-feira, é possível embarcar após as 20h30 e, aos sábados, depois das 14h.

 

Há dois meses, o analista de sistemas Fernando Duarte trocou o carro pela bicicleta no percurso para o trabalho. 

 

Ele gasta cerca de 25 minutos entre o Floresta (Leste) e o Santo Agostinho (Centro-Sul). Passando pelas ciclovias das avenidas Santos Dumont e Paraná, bem ao lado das estações do Move, ele acredita que a interligação poderá facilitar a vida de muitos usuários.

 

O que falta é a implantação de mais bicicletários. Hoje, esse tipo de estacionamento existe nas estações do Move São Gabriel e Venda Nova e do BHBus Barreiro e Diamante. Há previsão para instalação na Vilarinho e Pampulha.

 

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