Plano Diretor de SP: mais ciclovias, transporte público e calçadas largas

Documento foi sancionado ontem (31) pelo prefeito e deverá direcionar o crescimento da cidade nos próximos 20 anos

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Fonte: Mobilize Brasil  |  Autor: Marcos de Sousa  |  Postado em: 01 de agosto de 2014

Plano Diretor de SP: mais ciclovias, transporte pú

São Paulo e um possível futuro para o sofrido Rio Tietê

créditos: Projeto Arco do Tietê/Pref. de S. Paulo

São Paulo ganhou ontem (31) um novo Plano Diretor Estratégico. O documento, que é resultado de discussões realizadas desde o ano passado, com a participação de centenas de organizações e que recebeu milhares de sugestões, deverá guiar o crescimento e o planejamento da capital paulista pelo menos nos próximos 20 anos.

 

Segundo o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Fernando de Mello Franco, o novo documento busca desenvolver uma cidade mais humana, com mais espaço para as pessoas e estímulos ao uso do transporte público. O texto trata de temas como educação, cultura, saúde, habitação e ambiente, entre outros pontos, mas o assunto da mobilidade urbana é um dos grandes eixos da proposta para a cidade.


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O secretário Fernando de Mello Franco na apresentação do Plano Diretor 

 


Reproduzimos aqui parte do texto divulgado pela prefeitura paulistana, que enfatiza investimentos na melhoria de calçadas, criação de ciclovias, implantação de corredores de transporte público e a redução do número de vagas de estacionamentos nos novos edifícios da cidade: 

 

"Mobilidade e qualidade de vida

Os eixos de transporte coletivo aparecem como locais prioritários para a transformação urbana e otimização da terra urbana, o que permite resguardar mais tranquilidade para os bairros residenciais situados entre os eixos dessa rede.

 

Ao longo dos eixos de transporte será permitido construir até quatro vezes a área do terreno. O estímulo a térreos com serviços e equipamentos urbanos, comércio (uso misto e fachada ativa) e calçadas largas, vão qualificar as interações entre o espaço da rua e os edifícios.

 

A desobrigação da existência mínima de um número de vagas de garagem e o estímulo à doação de terrenos para construção de corredores de transporte através de benefícios fiscais – como o direito de construir, conforme potencial original – aparecem como desestímulo ao uso do automóvel juntamente com a destinação mínima de 30% dos recursos do Fundurb para implantação de transporte público coletivo, sistema cicloviário e sistema de circulação de pedestres.

 

Paralelo ao incentivo ao desenvolvimento ao longo dos eixos de transporte, o novo Plano Diretor vai qualificar a vida urbana na escala de bairro. O estímulo às construções com uso misto amplia a oferta de emprego próximo à moradia, suprimindo a necessidade de deslocamentos. Os miolos de bairros serão preservados, evitando o surgimento de espigões verticais sem relação com a cidade, ficando definido para essas localidades a altura máxima das edificações com número máximo de andares além de Coeficiente de Aproveitamento máximo igual ou menor que dois.
 

'Se queremos amansar o desenvolvimento no miolo dos bairros, é preciso direcionar o crescimento para outro lugar e esse é, definitivamente, o entorno dos eixos de mobilidade. Expandir o desenvolvimento da cidade de forma autoaplicada junto com o desenvolvimento da rede de transportes', afirmou o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Fernando de Mello Franco."

 

Para ler o texto completo, acesse o site da prefeitura

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