O programa “Prescrisbe-a-Bike”, lançado por médicos de Boston, nos EUA, adotou a bicicleta como arma contra a obesidade que atinge 1 a cada 4 habitantes daquela cidade.
Funciona assim: os profissionais do Centro Médico de Boston vão poder prescrever receitas dando desconto no uso do sistema de bicicletas públicas da cidade. De posse da receita, o paciente poderá utilizar a bicicleta por apenas U$ 5 dólares anuais, enquanto que o custo anual, sem a prescrição médica, é de U$ 80 dólares anuais.
Com este incentivo para que as pessoas façam um exercício diário e melhorem a saúde, o programa quer envolver mil pessoas no programa.
Benefícios da pedalada
A conclusão da área médica é que os efeitos positivos de andar de bike para a saúde são maiores que os riscos de lesões em acidentes ou por estar exposto a poluição atmosférica. Por exemplo: homens que perfazem de bike pelo menos 25 km semanais têm menos da metade do risco de terem doenças do coração do que os fisicamente inativos, aponta um estudo publicado no British Columbia Medical Journal em 2012. Outros estudos falam em reduções significativas do risco de doenças com o hábito de mover-se diariamente de bicicleta ou a pé.
Embora, na falta de uma boa infraestrutura, os ciclistas nos Estados Unidos e Canadá corram riscos de mortalidade por quilômetro quadrado maior do que os motoristas de automóveis, quando as há solução cicloviária, a presença de mais ciclistas na rua também produz mais segurança. Em números: na Holanda, onde 30% das viagens são feitas de bicicleta, o risco de mortalidade é de 1,1 por 100 milhões de km percorridos em bicicleta; nos Estados Unidos, com 1% das viagens em bicicleta, essa cifra é de 5,8 por 100 milhões de quilômetros.
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