O objetivo do documento é fundamentar ao Banco Mundial a necessidade da assinatura de financiamento no valor de US$ 300 milhões (o equivalente a R$ 680 milhões) para a construção de teleférico para interligação de morros, viaduto estaiado sobre a Via Anchieta e implantação de sistema de transporte hidroviário na Represa Billings.
A licitação para contratação da empresa responsável deve ser concluída até o fim do mês. Foi publicada na edição de ontem do Diário Oficial do Estado a classificação dos participantes do certame: Consórcio Integração SBC e Setepla Tecnometal Engenharia. A abertura das propostas deverá ocorrer na semana que vem.
O secretário de Transportes e Vias Públicas, Oscar Silveira Campos, estima que o investimento será de cerca de R$ 4 milhões. O material deve ser finalizado entre oito e nove meses. O titular da Pasta salienta, entretanto, que a contratação dos projetos básico e executivo – necessários para o início das obras – pode ser feita antes do término dos estudos. Os trabalhos físicos só deverão ser iniciados no fim do ano que vem.
“Sabemos que essas intervenções são necessárias. Mas é preciso mostrar isso em números, fundamentar para que o banco possa emprestar o dinheiro”, explica Campos. Entre os dados que serão levantados estão demanda de passageiros, quantidade de veículos utilizados pela população local, extensão dos sistemas e número de estações. Também serão feitas medições sobre a topografia.
O projeto mais ambicioso é o do teleférico, modal conhecido tecnicamente como metrô-cabo. O percurso, de aproximadamente 7 km, passará pelos morros dos bairros Montanhão, Selecta e Vila São Pedro. Estão previstas dez estações ao longo do trecho, sendo que uma, na Avenida Tiradentes, fará conexão com o futuro Corredor Leste-Oeste. Tecnologia semelhante é adotada no Rio de Janeiro e em cidades da Colômbia e Venezuela.
Para melhorar o deslocamento entre moradores do entorno da Represa Billings, está prevista a implantação de sistema de transporte hidroviário entre Santa Cruz, Tatetos e Alvarenga. A travessia será feita por meio de catamarãs, tipo de embarcação com duas canoas e mais estável do que um barco convencional.
A terceira intervenção prevista é a construção de viaduto estaiado de aproximadamente 500 metros sobre a Via Anchieta ligando os bairros Rudge Ramos e Taboão. O projeto inclui a abertura de viário paralelo à Avenida do Taboão ligando as avenidas Octávio Corletto, Helvétia e dos Ourives, até chegar na Avenida do Cursino, na Zona Sul da Capital.
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