Presidente do TCU critica obras de mobilidade urbana: "Maior problema"

Em evento no Rio, ministro Augusto Nardes relata várias falhas na execução dos projetos de algumas cidades e revela preocupação com a logística da Copa do Mundo

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Fonte: Globo Esporte  |  Autor: Flávio Dilascio  |  Postado em: 16 de maio de 2014

Augusto Nardes:

Augusto Nardes em evento no Rio

créditos: Jorge Campos / CCS/TCE-RJ

 

O evento era sobre as Olimpíadas de 2016, mas o assunto Copa do Mundo acabou sendo inevitável, já que faltam menos de 30 dias para o início do evento. Nesta quinta-feira, durante o lançamento do portal Fiscaliza Rio 2016, na sede do Tribunal de Contas do Estado do RJ (TCE-RJ), o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), o ministro Augusto Nardes, fez duras críticas à organização do Mundial, em especial ao que diz respeito às obras de mobilidade urbana.

 

"A questão da mobilidade é o maior problema de toda a Copa. Viajei várias capitais e constatei muitas situações constrangedoras, porque as obras não vão ser terminadas. Algumas cidades estão com grandes dificuldades e, portanto, não teremos a recepção adequada para as seleções que virão jogar no Brasil", afirmou Nardes, que preside o órgão responsável por fiscalizar todos os projetos, obras e investimentos do Governo Federal.

 

Durante o seu discurso, o ministro citou Cuiabá como uma das cidades com mais problemas, sem citar maiores detalhes. Ao final do evento, cercado por jornalistas, ele enumerou outras localidades que estão com as suas obras de mobilidade urbana bem aquém das expectativas.

 

"A própria São Paulo não está adequada, assim como o Rio com o seu aeroporto. Em Fortaleza, não foi feita a preparação final do aeroporto. Em Belo Horizonte, nós temos um aeroporto com grande dificuldade de acesso. Espero que a Copa seja um sucesso, mas o jeitinho brasileiro de fazer as obras está nos deixando a dever na realização do evento", comentou.

 

Nardes falou ainda sobre um problema que vem ocorrendo em Natal. Segundo o ministro, navios de grande porte trazendo torcedores mexicanos terão dificuldades para atracar no porto local, devido à baixa altura da ponte construída para o desembarque de passageiros.

 

"Constatei em Natal uma situação inédita. Há uma ponte que é mais baixa que um navio de grande porte, portanto os mexicanos não vai conseguir chegar lá. É por causa de situações como essa que se fala que falta governança ao Brasil", finalizou.

 

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