A presidente Dilma Rousseff deve encerrar o mandato sem tirar do papel seu projeto mais emblemático na área de infraestrutura: o trem de alta velocidade (TAV), que ligaria Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas.
“O assunto não saiu de pauta, mas não está sendo priorizado nesse momento”, admitiu o ministro dos Transportes, César Borges. “Particularmente, acho que é um assunto para o próximo governo.”
Em agosto, termina o prazo de um ano pedido pelos empreendedores estrangeiros para estruturar uma proposta para o TAV. Assim, em tese, o governo poderia retomar a concessão da linha. Porém, na avaliação do ministro, o calendário eleitoral pode pesar no apetite das empresas. “Não trabalhamos com o horizonte de fazer qualquer ação no sentido de leiloar”, disse Borges.
Em meados do ano passado, o governo fez sua melhor tentativa de leiloar o TAV. Acolheu propostas dos interessados e chegou a divulgar cartas dos bancos manifestando interesse em financiar os projetos. Porém, suspendeu a concorrência ao ser informado que apenas os franceses apresentariam uma proposta. Nos bastidores, espanhóis e alemães pediram mais tempo, por isso foi dado mais um ano.
De acordo com fonte da área técnica, não houve, até agora, novos interessados no empreendimento.
Já naquela ocasião, ficou clara a tendência de deixar o projeto para um eventual segundo mandato de Dilma.
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