Câmara aprova lei que extingue taxa para empresas de ônibus em BH

Lei foi promulgada pelo Legislativo após veto do prefeito Marcio Lacerda. Prefeitura estuda pedir na Justiça inconstitucionalidade da lei

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Fonte: G1 MG  |  Autor: G1 MG  |  Postado em: 15 de abril de 2014

Por enquanto, o aumento nas tarifas de ônibus está

Por enquanto, o aumento nas tarifas de ônibus está suspenso

créditos: Eugênio Moraes/Hoje em Dia

 

A Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) aprovou a Lei nº 10.728, que proíbe a cobrança do Custo de Gerenciamento Operacional (CGO) para as empresas que exploram o transporte coletivo na capital. O texto foi publicado no Diário Oficial do Município (DOM) na última quarta-feira (9) pelo vice-presidente da Casa, Wellington Magalhães.

 

O CGO é destinado à cobertura dos custos administrativos e operacionais associados à fiscalização e regulação dos serviços de transporte coletivo. Em janeiro deste ano, o prefeito da capital, Marcio Lacerda, vetou a lei e publicou um decreto que suspendia a taxa. Na ocasião, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) estimou que R$ 22 milhões deixariam de ser arrecadados, neste ano, com o fim da cobrança para as empresas.

 

Nesta segunda-feira (14), o Executivo informou que estuda a possibilidade de entrar na Justiça com uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) para voltar com o pagamento do CGO. A lei foi promulgada após parlamentares discordarem do veto do prefeito.

 

Ao justificar o veto, o prefeito Marcio Lacerda destacou o mérito da iniciativa que propõe desonerar as tarifas dos serviços de transporte coletivo prestados em Belo Horizonte, mas ressaltou que as decisões relativas a estes serviços são de competência do Executivo Municipal.

 

Como justificativa para a suspensão da cobrança da taxa, o projeto que deu origem à lei, de agosto do ano passado, cita a possibilidade de redução nas tarifas de ônibus. “A isenção dessa cobrança é muito oportuna neste momento em que o Poder Público necessita tomar medidas urgentes para atender os anseios da sociedade”, diz o texto do dia 27 de agosto de 2013, assinado por nove vereadores.

 

No entanto, no dia 3 de abril deste ano, a PBH anunciou o reajuste de 7,5% nas tarifas de ônibus. O valor do coletivo predominante usado passaria de R$ 2,65 a R$ 2,85. A Promotoria de Patrimônio Público moveu uma ação contra o município, a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) e consórcios e conseguiu, em 4 de abril, uma liminar que suspende o aumento.

 

A administração municipal afirmou também que está aguardando a decisão da Justiça sobre a liminar que suspendeu o aumento das tarifas de ônibus.

 

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