População baiana sofre em pontos de ônibus caindo aos pedaços a 2 meses da Copa

Às vésperas da Copa do Mundo, e a situação dos pontos de ônibus na capital baiana continua precária

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Fonte: Tribuna da Bahia  |  Autor: Rayllanna Lima  |  Postado em: 15 de abril de 2014

Principal reclamação é ter que aguardar o coletivo

Principal reclamação é ter que aguardar o coletivo em pé

créditos: Romildo de Jesus/Tribuna da Bahia

 

Diariamente, a população sofre tendo que enfrentar a má qualidade nos pontos de ônibus. A principal reclamação do cidadão baiano é ter que aguardar o coletivo em pé e sem proteção, exposto ao sol e a chuva.

 

Ao percorrer alguns bairros da cidade, a equipe de reportagem da Tribuna constatou a precariedade dos equipamentos: bancos quebrados, sujos, com ferragens expostas, pontos sem cobertura, sem iluminação, sem rampa de acessibilidade e, alguns, até sem sinalização.

 

“Ficamos expostos ao sol, e pior é quando chove. Eu que ando muito de ônibus, vejo vários idosos sendo obrigados a ficarem em pé por não ter banco pra sentar. É um descaso conosco”, desabafou a manicure Tatiana Linhares, 34.

 

Em alguns locais da cidade, os pontos improvisados são feitos de madeira com teto de Eternit. Mas o provisório acaba durando anos.

 

“Depois dessa obra da Via Expressa, ficamos na lama. Nos tiraram do ponto que estávamos e nos colocaram aqui, nesse ponto provisório. Já faz anos e até hoje providência nenhuma tomaram. Com qualquer chuvinha tomamos banho de lama”, contou a vendedora Maria Jaciara, que vende suas mercadorias em frente a um ponto localizado em frente ao Centro Automotivo 2 Leões.

 

Muitos pontos de ônibus da cidade foram depredados por vândalos. E os soteropolitanos são obrigados a utilizar os equipamentos mesmo em condições precárias. “Próximo a minha faculdade, o ponto de ônibus ficou coberto por um toldo e levou quase um mês pra ser concluído”, disse a técnica de enfermagem, Maria Fátima, 28.

 

Outra realidade dos soteropolitanos é o ponto de ônibus sinalizado apenas com placas, sem nenhuma estrutura de proteção. “Fica essa placa no poste, mas não tem sequer um banco pra sentar. Precisamos de um ponto de ônibus digno. Cada dia o IPTU está mais caro e não temos boas condições na questão do transporte”, reclamou o metalúrgico Paulo Cezar, 58.

 

A Tribuna já havia mostrado a mesma situação em agosto do ano passado. Sendo informada pela Superintendência de Trânsito e Transporte do Salvador (Transalvador), órgão responsável pela implantação e manutenção dos equipamentos, que havia um projeto para revitalizar os equipamentos, com a estimativa de conclusão para o mês de novembro.

 

Em novo contato com a Transalvador, o órgão informou que a primeira etapa do levantamento dos locais que demandam novos abrigos de pontos de ônibus já foi concluída, e que o processo de compra dos novos equipamentos está em andamento. Ainda de acordo com o órgão, a implantação só acontecerá após a fase da aquisição.

 

“A prioridade será dada aos locais com necessidades mais urgentes, como o Subúrbio, Orla e Centro, conforme os critérios técnicos da avaliação. Os abrigos a serem instalados seguem a padrão Desal [Companhia de Desenvolvimento Urbano de Salvador]”, informou em nota. A capital baiana possui 3.114 pontos de ônibus, sendo 1.231 com cobertura. Segundo informações da Transalvador, a meta é implantar abrigos em todos os locais que possuem espaço físico suficiente. Já para os locais que não possuem espaço suficiente, o órgão municipal está estudando as melhorias que podem ser feitas para aumentar o conforto do cidadão.

 

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