Empresas de ônibus decidem reduzir 2 mil viagens diárias em BH

Sindicato das empresas alega que redução respeita contrato de concessão. BHTrans rebate dizendo que não houve comunicação oficial

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Fonte: R7  |  Autor: Tabata Martins  |  Postado em: 10 de abril de 2014

Duas mil viagens diárias foram cortadas

Corte drástico na circulação dos ônibus em BH

créditos: Adão de Souza / PBH / Divulgação

 

As empresas de ônibus decidiram que irão reduzir 2.000 viagens diárias em Belo Horizonte, caso as tarifas não aumentem. A mudança foi acordada durante reunião entre os empresários, na noite dessa quarta-feira (9).

 

De acordo com o Setra-BH (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte), o corte respeita o contrato de concessão assinado com a prefeitura da capital e não atinge as linhas do BRT/Move. Além disso, a redução das duas mil viagens é decorrente do déficit nas finanças das empresas, que estão há 16 meses sem reajustar as tarifas.

 

O sindicato ainda informou que a mudança já entrou em vigor, mas que as viagens nos horários de pico não são afetadas. Atualmente, as empresas de transporte de BH fazem cerca de 28 mil viagens diárias.

 

Por meio de nota, a BHTrans, empresa que administra o trânsito na capital mineira, afirmou que ainda não recebeu proposta oficial das concessionárias em relação às alterações de quadros de horários do transporte coletivo. "As concessionárias são responsáveis pelo planejamento operacional do serviço e a Bhtrans pela avaliação das propostas.

 

Para aprovação dos quadros de horários, elas devem atender aos requisitos mínimos previstos nos contratos de concessão, em especial, ao tempo de intervalo entre as viagens. Propostas de alterações devem ser protocoladas junto à BHTrans com antecedência de 11 dias da data proposta para vigência do quadro de horários sugerido, em caso de aprovação".

 

No começo da semana, a prefeitura entrou com recurso contra a liminar que suspende o aumento das passagens de ônibus. No entanto, o pedido ainda não foi analisado pelo desembargador Kildare Carvalho, do TJMG (Tribunal de Justiça de Minas). A prefeitura alega que o aumento de R$ 0,20 foi calculado após o relatório da empresa Ernst & Young (EY), que considerou os custos dos consórcios e os investimentos no BRT/Move.

 

Na segunda-feira (7), a suspensão do aumento da tarifa foi mantida pelo TJMG. A desembargadora Ana Paula Caixeta, da 4ª Câmara Cível, indeferiu, no domingo (6), o recurso do Consórcio Pampulha, que representa 12 empresas de transporte da capital.

 

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