Pagar para andar de bicicleta. É esta a proposta da empresa Altiuz, em Santiago do Chile, que decidiu importar a medida da França e da Alemanha e começar a pagar aos seus funcionários por cada quilômetro percorrido com a magrela no trajeto casa-trabalho-casa.
Segundo o diretor de marketing da Altiuz, Guido Coppa, “a iniciativa traz um duplo benefício: ajuda os trabalhadores a fazerem exercício físico e a reduzir o caos do trânsito”, argumenta.
A recompensa estende-se ainda a quem se deslocar a pé ao trabalho. Para tanto, o controle é feito por meio de aplicativos móveis como Google Tracker ou Sport Tracker.
Também na Europa já há empresas que implementaram iniciativas semelhantes. Na Alemanha, a Siemens paga 600 euros mensais aos funcionários que não utilizarem o automóvel particular nos seus deslocamentos diários.
Na França, por ordem do governo de François Hollande, as empresas que pagarem um valor a mais aos funcionários que utilizarem a bicicleta receberão benefícios fiscais. Os defensores do programa ciclista argumentam que, com a medida, pode-se alcançar uma economia em gastos com a saúde do trabalhador de cerca de 5,6 milhões de euros para o estado francês, cujos custos em saúde estão estimados em 20 milhões de euros por ano.
Os países europeus estão entre os que mais usam a bicicleta como meio de transporte. No ano passado, pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial, em 25 dos 27 países da União Europeia foram vendidas mais bicicletas do que carros. A crise econômica é uma das razões apontadas pelos especialistas para o aumento na venda de bikes, mas há concordância de que a consciência ambiental também pesa na decisão dos cidadãos.
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