Obra para transporte fluvial no Recife é suspensa por falta de verba

Segundo Secretaria das Cidades, União não enviou R$ 165 mi para projeto no Capibaribe. Sem recursos, construção de estações foi interrompida

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Fonte: G1 PE  |  Autor: Da redação  |  Postado em: 11 de fevereiro de 2014

Dragagem do Capibaribe, iniciada em 2013, é interr

Dragagem do Capibaribe, em 2013. Agora, obras suspensas

créditos: Annaclarice Almeida/DP/D.A Press

 

As obras para tornar o rio Capibaribe navegável para transporte público fluvial no Recife estão paralisadas. O projeto, que inclui a construção de estações de embarque e desembarque de passageiros, foi interrompido por falta de repasse de verba do governo federal, informou a Secretaria Estadual das Cidades. A paralisação do serviço foi mostrada em reportagem exibida no NETV 2ª Edição, da Globo, desta segunda-feira (10).

 

A dragagem do Capibaribe começou a ser executada em março de 2013. O trabalho deu início ao projeto que pretende incorporar o rio ao sistema de transporte público da cidade. Em 13 de setembro passado, o governador Eduardo Campos chegou a fazer um passeio pelo curso-d’água para conferir o andamento das obras. Ele assinou ordem de serviço para construção de sete estações. De acordo com o projeto, quando a navegabilidade estiver implantada, 300 mil pessoas por mês deverão usar o transporte.

 

As três primeiras estações deveriam ficar prontas já no próximo mês. No entanto, cinco meses após a visita do governador, não se vê mais a draga no rio. Em um canteiro próximo à BR-101, há máquinas e caminhões sem uso. Segundo o governo estadual, que informou ter investido R$ 25 milhões, o serviço parou porque a União não repassou, até agora, R$ 165 milhões para tornar possível a navegabilidade do Capibaribe.

 

Na zona norte do Recife, a construção da estação de Santana também foi paralisada. O mesmo ocorreu na estação do Derby, na área central da capital. Os operários do consórcio da obra estão em aviso prévio desde 20 de janeiro e, devido à falta dos recursos, todos os prazos estão comprometidos.

 

Segundo a secretária-adjunta das Cidades, Ana Rita Suassuna, as obras foram suspensas porque não há mais verba em caixa para o projeto. "A gente estava na expectativa de repasses acontecerem, como acontecem normalmente, simultaneamente aos nossos repasses de recursos, de contrapartida, mas isso não ocorreu. Daí a gente teve que paralisar os serviços a partir de hoje [segunda] e vamos ver o desenvolver dos acontecimentos para retomada", afirmou.

 
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