Nesta quarta-feira foi lançado o edital da Linha 18-Bronze. Veja alguns detalhes deste novo ramal que vai ligar a capital paulista até o ABC:
Traçado
A linha sai da estação Tamanduateí, por onde cruzam as linhas 2-Verde do Metrô e 10-Turquesa da CPTM, segue pela faixa de domínio da ferrovia até São Caetano do Sul. Então, o monotrilho vai pelas avenidas Guido Aliberti e Lauro Gomes margeando o Ribeirão dos Meninos. Depois o ramal segue pela Avenida Aldino Pinotti até atingir o Paço Municipal de São Bernardo do Campo. Depois o trem segue pela Avenida Brigadeiro Faria Lima até o cruzamento com a Avenida Francisco Prestes Maia, onde será criada uma rotatória. A linha 18 atenderá as cidades de São Paulo, São Caetano, Santo André e São Bernardo do Campo. Ela terá como estações, Tamanduateí, Goiás, Espaço Cerâmica, Estrada das Lágrimas, Praça Regina Matiello, Instituto Mauá, Afonsina (futura conexão com a linha 20-Rosa), Fundação Santo André, Winston Churchill, Senador Vergueiro, Baeta Neves, Paço Municipal e Djalma Dutra.
Linha 18 até Diadema?
Está em estudo também uma extensão da linha, conectando a Estrada dos Alvarenga (no cruzamento com a Avenida Presidente João Café Filho) e a Estação Djalma Dutra, sendo esta a 2ª fase, atendendo a regiões mais distantes do centro de São Bernardo do Campo. No entanto, o governo do estado não dá detalhes de quando iniciará a obra.
Ainda foi prometida uma terceira fase até Diadema: “É o que temos de mais adiantado nesse sentido. Depois do Alvarenga, em São Bernardo, a linha seguiria para Diadema. Já está no nosso mapa da rede futura”, disse o presidente do Metrô, Luiz Antonio Carvalho Pacheco, em outubro de 2013. Do Alvarenga , o ramal seguiria até o bairro Eldorado, em Diadema, com distância é de aproximadamente cinco quilômetros lineares. Caso o monotrilho for até o Centro da cidade, o acréscimo é de cerca de sete quilômetros.
No entanto, ambas as extensões esbarram em um problema político com a concessionária Metra, que opera os trólebus do corredor São Mateus-Jabaquara. O fato de o traçado do monotrilho sobrepor o corredor ABD poderia gerar impasses administrativos. Em junho, o secretário-adjunto de Transportes Metropolitanos, Peter Walker, admitiu que a ampliação do empreendimento representava “risco muito grande”. Ou seja, o interesse privado antes do público.
Prazos
“A gente imagina que possa assinar o contrato em 90 dias se não tiver nenhum problema jurídico. O prazo final é de quatro anos, mas se puder ir entregando, o setor privado vai ter interesse. E vai operá-la por 25 anos”, disse Geraldo Alckmin, no lançamento do edital da obra, esta quarta-feira (29).
Tecnologia usada
De acordo com o Metrô, a escolha da tecnologia do monotrilho foi devido a demanda projetada e por ter um custo de implantação menor. O ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, que participou do lançamento com Alckmin no Palácio dos Bandeirantes, elogiou a adoção do modal monotrilho. “É uma opção muito interessante porque reduz os investimentos em desapropriação. São Paulo é uma cidade que tem um grande problema de desapropriação”, disse Ribeiro.
Operação
A linha contará com 2 pátios, sendo o de Tamanduateí como principal, abrigando todas as funções de manutenção e guarda da maior parte da frota. Também será construído o Pátio Alvarengas, que terá a função específica de estacionamento de trens na ponta da linha, favorecendo a operação de viagens no início dos períodos. O Estacionamento Fundação Santo André terá a função de estacionamento de trens no meio da via, para apoio à operação, além de poder ser usado como local para recolher trens com avarias, liberando a operação. A linha contará com 26 trens.
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