Ao contrário do que aconteceu com três sedes da Copa das Confederações, a cidade de São Paulo não vai oferecer passe gratuito no transporte público para torcedores durante a Copa do Mundo de 2014. Em visita ao jornal O Estado de S. Paulo nesta terça-feira (21), o prefeito Fernando Haddad (PT) disse que não há lei que obrigue a capital paulista a oferecer o benefício aos portadores de ingressos das partidas.
"Se eu entendi bem, a Fifa liberaria todas as cidades do Brasil dessa exigência (transporte gratuito). Não tem legislação que conceda esse tipo de benefício. O valor do tíquete do metrô (R$ 3) perto do valor do ingresso não é o problema", explicou o prefeito. Segundo Haddad, São Paulo tem uma grande vantagem sobre as demais sedes em relação ao transporte público, porque os torcedores vão chegar ao estádio da Copa preferencialmente de metrô e não de ônibus.
Na Copa das Confederações, em 2013, cidades como Belo Horizonte, Brasília e Fortaleza ofereciam transporte de ônibus de graça até os estádios para os torcedores que apresentassem os ingressos das partidas. Para receber o público que irá aos seis jogos do Mundial no Itaquerão, na Zona Leste da cidade, a prefeitura deve elaborar nos dias das partidas um esquema especial de trânsito.
O prefeito garantiu estar tranquilo com o cumprimento do prazo para a finalização do estádio, prevista para abril. "Apesar do episódio lamentável com o acidente (queda do guindaste que matou dois operários, em novembro), o Corinthians recuperou o passo e vai ter condições de entregar no prazo", disse.
Na última segunda-feira, o estádio corintiano, palco do jogo de abertura da Copa de 2014, recebeu a visita da comitiva da Fifa, liderada pelo secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke. Na vistoria, Haddad foi representado pela vice-prefeita de São Paulo, Nádia Campeão.
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