A cidade de São Vicente, no litoral de São Paulo, aposta no dinamismo e agilidade das bicicletas para arrecadar material reciclável no Centro do município. A “barca coletora” é uma bicicleta adaptada com uma caçamba que recolhe o lixo limpo dos comércios e condomínios residenciais. A iniciativa arrecada entre 20 e 25 toneladas de lixo reciclável por mês.
O projeto “Ecociclo” é desenvolvido pela Companhia de Desenvolvimento de São Vicente (Codesavi) e, além de promover a coleta seletiva de lixo, também prioriza a organização no trânsito da cidade, já que as bicicletas são mais rápidas, silenciosas e ocupam menos espaço nas ruas. “O projeto foi criado para atender a coleta seletiva no Centro, em função da rua estreita e do trânsito, pois o caminhão parado também atrapalha a via. Então, o caminhão de coleta normal passa rapidamente. Já o de seletiva não. É porta a porta. Além de ser um veículo fácil e leve de manobrar”, explica o supervisor da coleta seletiva Luiz Humberto Lacerda.
Bicicleta ocupa menos espaço nas ruas
estreitas (Foto: Anna Gabriela Ribeiro/G1)
Uma bicicleta com uma caçamba em formato de caravela leva o slogan “Navegue nesta ideia”. Segundo o responsável pela iniciativa, esta coleta seletiva é diferenciada. “É uma coleta onde os agentes ecológicos pegam o material dentro do estabelecimento. Nós vamos visitar todos os estabelecimentos, comerciais ou não, e quem quiser participar do projeto nós vamos identificar com um selo verde, que indicia ao agente ecológico que tem material para ser reciclado”, explica Luiz Humberto.
Segundo a Codesavi, é arrecadado entre 20 e 25 toneladas de material reciclável por mês. “Esse material é descarregado inicialmente em um posto voluntário de coleta, o Tamanduá Bandeira. De lá é levado ao Parque Ambiental Sambaiatuba, onde nós temos a cooperativa da cidade”, explica o supervisor do projeto.
Cerca de cinco coletores trabalham como agentes ecológicos. Uniformizados com uma camiseta verde, eles dizem que já são conhecidos nos comércios. Eles contam também que os materiais mais coletados são papelão e plástico. Estes produtos são encaminhados à cooperativa do Sambaiatuba e ajudam famílias a melhorarem a renda por meio da venda de lixo reciclado.
Agentes ecológicos trabalham coletando o material (Foto: Anna Gabriela Ribeiro/G1)
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