Manifestantes tomaram estações do metrô na Cidade do México em protesto contra a nova tarifa, implementada pelo Governo Federal e em vigor desde esta sexta-feira (13/12). A passagem do metrô, que antes custava três pesos mexicanos (R$ 0,54), passou para cinco pesos (R$ 0,91), um aumento de 66,7%. O presidente do México, Enrique Peña Nieto, havia prometido não subir o preço da tarifa.
"Não ao aumento do custo da passagem de metrô. Não às reformas que atentam contra o povo mexicano. Fora EPN, fora Mancera!"
Após ocuparem as estações, diversas pessoas pularam as catracas. Segundo a rede multiestatal Telesur, os manifestantes gritavam “hoje o metro é grátis” durante o ato.
Mulheres chefes de família, estudantes com poucos recursos e pessoas desempregadas podem pedir a chamada tarifa especial. Nos casos aprovados, o preço da passagem permanece em três pesos.
Reprodução/ Twitter
Pelo twitters, grupos convocam usuários a não pagarem a tarifa do metrô
O diretor do STC (Sistema de Transporte Comunitário) do metrô, Joel Ortega, informou que os protestos serão tolerados, mas pediu que os manifestantes não quebrassem as câmeras de segurança e não danificassem as catracas. Ele afirmou que a polícia deve reforçar a vigilância nas estações.
Segundo três pesquisas encomendadas pelo STC Metro, 55,7% da população seria a favor do aumento.
Diversos grupos e coletivos como o UndergroundMX, #YoSoy132 e o Anonymous convidaram seus seguidores na rede para participarem das manifestações contra o aumento da tarifa. Um novo protesto está marcado para este sábado (14/12). A revolta lembra as manifestações conduzidas pelo Movimento Passe Livre de São Paulo, em junho deste ano, após aumento da passagem de ônibus.
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