A Comissão da Auditoria Técnica das Planilhas da Tarifa do Transporte Coletivo de Cuiabá voltou a afirmar, após avaliar os argumentos das empresas de ônibus, que o valor da passagem na capital deve ser de R$ 2,60, ao invés dos atuais R$ 2,85. A redução no valor ainda precisa ser avaliada pelo Conselho Municipal de Transportes, o que deve ocorrer durante sessão prevista para ocorrer no dia 17 de dezembro.
O relatório conclusivo da comissão foi entregue na última sexta-feira (6) à prefeitura de Cuiabá e encaminhado nesta terça-feira (10) ao conselho municipal.
A comissão da auditoria técnica afirma ter encontrado irregularidades nos números apresentados pelas empresas, após comparar a planilha de cálculo apresentada pelas transportadoras com os valores dos insumos encontrados no mercado.
As divergências entre os dados apresentados, de acordo com a comissão, estão em itens como combustível, rodagem, frota, benefícios salariais, custo de capital, tributos e quantidade de passageiros.
O Conselho de Transportes é presidido pelo secretário de Trânsito e Transportes de Cuiabá e composto por representantes de diversas instituições, como o Batalhão de Trânsito, União das Associações de Moradores de Bairros, Associação Mato-grossense dos Transportadores Urbanos e Associação Mato-grossense dos Estudantes.
Histórico
O relatório preliminar da auditoria foi divulgado no final de outubro deste ano e foi elaborado por uma comissão composta por representantes da prefeitura de Cuiabá, Ministério Público do estado, e Câmara Municipal. O documento de 42 páginas afirmava que o valor cobrado do usuário deveria ser de R$ 2,63.
No ano passado, as empresas de transporte propuseram aumento na tarifa do transporte de R$ 2,70 para R$ 3,02. O valor acabou sendo fixado em R$ 2,95, após as tarifas de Cuiabá e Várzea Grande serem unificadas, em dezembro de 2012.
Porém, em maio de 2013, a passagem caiu para R$ 2,85, por conta da Medida Provisória 617, que zerou o pagamento do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) de empresas de transporte coletivo urbano.
Leia também:
VLT de Cuiabá não deve ficar 100% pronto no prazo
Número de carros nas ruas de Cuiabá deve cair até 12% com VLT, diz Secopa
VLT de Cuiabá pode não funcionar em dias de chuva