Segundo a Eletra, empresa responsável pela interface de conexão entre o chassi e o sistema elétrico, é o 1º ônibus elétrico a bateria com 18 metros de comprimento no mundo. O veículo deve operar no trecho Diadema-Brooklin do corredor.
O secretário de transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, afirmou durante o evento que “dentro de 1 ano, queremos começar a substituir a frota a diesel e os trólebus pelos elétricos a bateria”. Segundo ele, a ideia é começar com cerca de 30 ônibus elétricos no corredor até o final de 2014. O secretário também disse que devem ser implementados este tipo de ônibus no futuro corredor Jacu-Pêssego. Claro que ele não deu prazos e valores, e não lembrou que foram investidos cerca de 30 milhões (dinheiro meu e seu) na eletrificação do trecho Piraporinha-Jabaquara, além da repotencialização do trecho Piraporinha-São Mateus, contra as frequentes faltas de energia no corredor metropolitano. Ou seja, se gasta milhões para depois simplesmente abandonar o que foi investido?
De acordo com Paulino Hiratsuka, engenheiro da Metra, “no projeto, utilizamos a mesma base dos trólebus, mas trocamos o sistema conexão aos cabos pelas baterias”.
Protótipos que não deram certo
Em 2003, na gestão da prefeita Marta Suplicy, a cidade de São Paulo também elegeu um substituto para os trólebus. Na época foram convertidos 5 ônibus elétricos em híbridos, e a administração via como grande solução para as frequentes panes na rede elétrica. A conversão era feita pela mesma empresa, a Eletra. Mesmo com a verba publica gasta, a ideia não vingou, sendo que os 5 protótipos hoje estão parados em uma garagem da prefeitura. Na época, operadores criticavam o baixo desempenho destes veículos. Também foram adquiridas algumas unidades híbridas 0 km para o corredor Expresso Tiradentes, porem não é muito comum ver estes veículos rodando no corredor.
Obviamente, novas tecnologias são sempre bem vindas para o setor, mas em nenhuma cidade do planeta sistemas de trólebus foram abandonados e substituídos por veículos a bateria. Pelo contrário, em muitos países os sistemas de trólebus tiveram um significativo aumento em suas frotas, somadas as novas tecnologias, como tração a baterias que funcionam como auxiliar ao sistema convencional, sistemas modernos de rede aérea, dando mais agilidade ao veículo. Em alguns destes países, os trólebus não possuem nem as famosas cordas na parte traseira do veículo, já que as alavancas não escapam dos ônibus. Por que não substituir os ônibus a diesel que são fontes de poluição?
Por falar em protótipo, por onde anda o ônibus a hidrogênio, que também era a grande solução?
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