Oito propostas foram apresentadas na tarde desta segunda-feira (18) para o metrô de Porto Alegre. Sete empresas ou grupos empresariais manifestaram interesse em desenvolver o projeto do novo transporte público da capital, além de um engenheiro civil, como pessoa física. A sessão pública reuniu o prefeito José Fortunati, o secretário estadual de Planejamento, João Motta, e técnicos do executivo municipal e estadual.
Todos tiveram que entregar a documentação referente à habilitação jurídica, projeto funcional, modelo de negócio e plano de trabalho. Após mostrarem intenção do projeto da nova Proposta de Manifestação de Interesse (PMI), os participantes terão 90 dias para desenvolver e entregar os projetos completos e detalhados. Segundo a prefeitura, o prazo começa a contar a partir da publicação da etapa de habilitação. Com base na nova PMI, será produzido o edital de Parceria Público-Privada (PPP), com publicação prevista para o primeiro semestre de 2014.
De acordo com Fortunati, a prefeitura realizará essa etapa antes da licitação para garantir transparência, sustentação técnica, segurança e otimização dos recursos públicos. O documento define as diretrizes mínimas de traçado e infraestrutura do serviço, que poderão ser qualificadas e ampliadas conforme as propostas de viabilidade técnica e financeira apresentadas.
Os interessados que apresentaram propostas foram as empresas ATP Engenharia, de São Paulo, CR Almeida S.A. Engenharia, do Paraná, ETM Engenharia Ltda., do Rio Grande do Sul, Triunfo Participações e Investimentos, do Paraná, Construtora Queiroz Galvão, do Rio de Janeiro, Logistel, de Portugal, o grupo Invepar/Odebrecht, do Rio de Janeiro e o engenheiro civil gaúcho Paulo Affonso Soares Pereira.
A construção do metrô de Porto Alegre foi anunciada pela presidente Dilma Rousseff no dia 12 de outubro. O custo da obra será de R$ 4,8 bilhões, sendo que R$ 3,5 bilhões serão bancados por recursos públicos e R$ 1,3 bilhão por Parceria Público-Privada (PPP).
Do total custeado com dinheiro público, R$ 1,8 bilhão ficará a cargo da União, R$ 1,1 bilhão do governo estadual, R$ 690 milhões da prefeitura e R$ 1,3 bilhão de investimento privado. Os recursos da União virão do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) Mobilidade Urbana.
O veículo terá duas linhas, com extensão total de 11,7 km, sendo 10,3 km da Rua dos Andradas, no Centro, até o Terminal Triângulo, na Zona Norte, e outro 1,4 km até o Complexo de Manutenção.
A extensão total do metrô deve ser de 11,7 quilômetros. O traçado inclui o trecho de 10,3 km da Linha 1, da Esquina Democrática (Centro Histórico) até o Terminal Triângulo (Zona Norte), onde existe a demanda concentrada de transporte coletivo, e o trecho de conexão de 1,4 km até o Complexo de Manutenção. Esse espaço será instalado em área da Rede Ferroviária, localizada no bairro Humaitá, próximo à Estação Aeroporto do Trensurb. Dando sequência ao sistema, até a Fiergs, haverá corredores exclusivos de ônibus para conexão com a Região Metropolitana.
Com tecnologia baseada em um metrô de alimentação elétrica, o projeto prevê no mínimo 10 estações (Triângulo, Cristo Redentor, Obirici, São João, Dom Pedro II, Cairú, São Pedro, Florida, Conceição, Rua da Praia).
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