Na tentativa de reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEEs), a capital da China, Pequim, tomou a seguinte decisão: reduzir em cerca de 40% o limite para vendas de carros novos em 2014 - afirmou nota publicada pelo governo local. Para se ter ideia, os altos níveis de poluição obrigaram a China a, praticamente, paralisar no mês de outubro um importante centro urbano com uma população de 11 milhões de habitantes: a cidade de Harbin.
Ainda de acordo com o documento divulgado pelo governo, até 2017, Pequim permitirá a emissão de 150 mil novas placas de carro, por ano, o que representa uma queda de 90 mil. Com isso, a comercialização de automóveis estará limitada a 600 mil unidades - menos que o total vendido na cidade apenas em 2010.
A China pretende limitar as vendas de veículos em mais oito cidades. Atualmente, a regra já funciona para Xangai, Guangzhou e Guiyang, além de Pequim, onde os compradores têm que participar de leilões de placas ou de sorteios.
Além disso, o governo emitirá uma proporção maior de placas a compradores de veículos com novas motorizações, que precisam de menores quantidades de gasolina ou utilizem energias alternativas. Isso pode beneficiar montadoras de carros elétricos, como a BYD.
Na Noruega
Apesar de não ter a comercialização de carros novos limitada, a Noruega tem atualmente um automóvel elétrico como líder de vendas: o Nissan LEAF. Em outubro, 716 LEAFs foram emplacados, o que tornou o veículo mais popular que o Toyota Auris e o Volkswagen Golf, com uma fatia de mercado de 5,6%, segundo a companhia Opplysningsraadet for Veitrafikken (OFV), que compila dados sobre vendas de carros no país europeu.
Os números marcam o segundo mês seguido em que o carro elétrico domina as vendas no país, que encoraja as vendas desses veículos menos poluentes com incentivos fiscais, isenções de taxas de congestionamento, acesso a vias de transporte público e estacionamento grátis.
No total, os automóveis elétricos responderam por 7,2% das vendas de carros em outubro no país, mais que o dobro dos 3,4% do ano anterior.
Publicado originalmente no Portal EcoD
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