O projeto prevê investimentos de R$ 2,25 bilhões, dos quais R$ 700 milhões viriam do governo federal a fundo perdido, conforme prevê o orçamento geral da União. "Não tem ainda o valor final, mas há um compromisso de aumentar esse valor", disse a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, em entrevista à Rede Paranaense de Comunicação (RPC), retransmissora da Rede Globo no Paraná.
O prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSB), apresentou esta semana um pedido de ampliação para R$ 1,15 bilhão. "É possível que a gente não consiga chegar ao que o município pediu, mas há uma disposição grande do governo em fazer um aumento desse valor", reforçou a ministra. Dessa forma, o governo federal ficaria responsável por praticamente metade do projeto. "Nós estamos com uma expectativa muito positiva", disse hoje o prefeito, que participava de reuniões em Brasília.
O projeto do metrô curitibano prevê, ainda, investimento de R$ 300 milhões pelo governo estadual. "O restante serão recursos tanto da iniciativa privada, por meio de Parceria Público Privada (PPP), quanto da prefeitura", destacou Ducci. Ele trabalha com a perspectiva de isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que pode tornar mais barata a obra.
Durante a entrevista, a ministra adiantou que, tão logo o governo federal tenha definido o valor, a presidente Dilma Rousseff deverá anunciá-lo em visita a Curitiba.
O prefeito estima que todos os procedimentos administrativos possam ser realizados ainda este e que a licitação seja efetivada até o início do próximo ano, com as obras começando já no primeiro semestre. Se esse cronograma for seguido, a primeira fase do metrô pode ficar pronta até 2016. Ela deve ligar a região sul ao centro da cidade, numa extensão de 14 quilômetros. De acordo com Ducci, ao término está previsto o transporte de 600 mil passageiros por dia. A segunda fase, com mais oito quilômetros, ligaria a região central ao norte da cidade.