Curitiba quer mudança na Lei do Vale Transporte e tarifa a R$ 1

Estudo do governo do Paraná vai permitir reduzir a passagem para R$ 1 e conceder vale transporte gratuito para estudantes com até 4 salários mínimos de renda familiar

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Fonte: Agência T1  |  Autor: Danielle Sousa  |  Postado em: 30 de outubro de 2013

A primeira sugestão é transformar o vale transport

Transporte universal é objetivo das medidas

créditos: Divulgação

 

Exemplo de um dos transportes públicos mais funcionais do país, Curitiba (PR) abriu os olhos para mudanças após a série de manifestações contestando o valor das tarifas do transporte nos meses de junho e julho deste ano. Desde então, o governo desenvolveu um estudo que propõe um novo sistema de financiamento onde irá reduzir a tarifa para R$ 1 e conceder vale transporte gratuito para estudantes com até 4 salários mínimos de renda familiar.

 

O secretário de governo de Curitiba Ricardo Mac Donald explicou durante audiência pública na Comissão de Viação e Transporte na Câmara dos Deputados, que devido aos altos custos do transporte público, que subiram acima da inflação, 20% dos usuários migraram para o transporte individual, aumentando consideravelmente o trânsito nas grandes cidades. “O transporte público sempre foi calvado nas costas dos passageiros, em sua maioria de baixa renda, que não conseguem mais segurar esses custos.”

 

Atualmente, de acordo com o secretário, o governo passou a cobrir esses valores que os passageiros já não tinham mais condição de pagar. Em algumas cidades esse subsídio chega a corresponder a 20% da tarifa. Como o dinheiro é tirado do Tesouro, acaba influenciando na qualidade de hospitais e escolas, por exemplo.

 

A primeira sugestão do governo de Curitiba é transformar o vale transporte em universal, o que significa que os empresários ficariam responsáveis por uma contribuição de 3% ou 2%, através do recolhimento em folha. Assim, o trabalhador teria um cartão nos moldes do de vale alimentação e passaria a pagar R$ 1 de tarifa e o passageiro de categoria eventual ou turista pagaria a tarifa cheia, que em Curitiba corresponde a R$ 2,95.

 

“Teríamos uma receita de aproximadamente R$ 116 milhões para um gasto mensal de R$ 75 milhões. Isso quer dizer que existirá condições de cobrir todos os custos e teremos mais um aporte, em Curitiba, de R$ 400 milhões por ano para investir em melhorias do transporte público”, explicou.

 

Ricardo Mac Donald esclareceu que esse modelo só funcionará em cidades com mais de 100 mil habitantes e que caso a lei do vale transporte mude, 226 cidades brasileiras poderiam adotar o modelo da cidade paranaense.

 

Edição: Bruna Yunes

 

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