A mil dias para o início da Copa do Mundo de 2014, apenas uma das 10 obras de mobilidade urbana em Porto Alegre teve início. Em balanço das ações para o evento futebolístico, na manhã desta quarta-feira no Itamaraty, em Brasília, o governo garantiu que tudo ficará pronto a tempo.
A capital gaúcha é a cidade sede com o maior número de obras ligadas à mobilidade urbana. São R$ 533 milhões investidos em 10 projetos. Apenas o da Avenida Severo Dullius já comecou. O canteiro de obras da via, inclusive, foi visitado pelo prefeito José Fortunati e seu secretariado nesta manhã.
O restante dessas obras está em processo licitatório e devem ficar prontas até dezembro de 2013, garantiu o governo federal.
Outra preocupação da equipe é a situação dos estádios. A promessa é de que as obras do Beira-Rio estejam concluídas até dezembro de 2012. No entanto, Porto Alegre e São Paulo são as únicas cidades-sede que ainda não assinaram o contrato de financiamento junto ao BNDES.
Já o secretário Kalil Sehbe, coordenador do Comitê Gestor do Rio Grande do Sul, promete inauguração do Beira-Rio para março de 2013, junto com o aniversário de 240 anos de Porto Alegre.
O Aeroporto Internacional Salgado Filho é um dos oito onde as obras já começaram. Serão R$ 579 milhoes em investimentos. A conclusão da obra está prevista para dezembro de 2013.
Durante o evento, o secretário extraordinário da Copa no Rio Grande do Sul, João Bosco Vaz, cobrou do ministro dos Esportes o anúncio do metrô para a Capital.
A coletiva de imprensa reuniu os ministros Orlando Silva (Esporte), Miriam Belchior (Planejamento), Mario Negromonte (Cidades), Leônidas Cristino (Secretaria Especial de Portos) e Wagner Bittencourt (Secretaria de Aviação Civil).
Contraponto:
O secretário municipal de Gestão e Acompanhamento Estratégico, Urbano Schmitt, salientou que o levantamento do Ministério do Esporte leva em consideração apenas a obra ligada ao esporte. Segundo ele, a matéria não retrata o que realmente está acontecendo na Capital.
"Nós temos um pacote com muitas outras obras em andamento. Sob a análise do ministério, eles não levam em conta, por exemplo, tudo que estamos fazendo na área da saúde, onde já temos duas obras (UPA da Zona Norte e HPS); ou na área de saneamento, com outra grande obra em andamento em Porto Alegre. E isso além de tudo que faz parte do nosso caderno de encargos. Dizer que apenas uma obra está em andamento não retrata a plenitude do que nós estamos fazendo em Porto Alegre", destacou o secretário.