Moradores de Santa Teresa não concordam troca de bondes por VLT

A ideia de substituir os bondes de Santa Teresa por veículo leve sobre trilho (VLT) não agrada aos moradores do bairro da região central da capital fluminense.

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 |  Autor: Agência Brasil  |  Postado em: 14 de setembro de 2011

Bondinho Santa Teresa

Bondinho Santa Teresa

créditos: momentoverdadeiro.com

A circulação dos bondinhos está interrompida desde o acidente que matou seis pessoas há mais de 15 dias.

"A gente quer que os 14 bondes tradicionais voltem a circular e não os VLTs, que são perigosos. Desde que os VLTs começaram a circular já houve quatro acidentes e uma morte, porque eles têm problemas sérios de freios. A gente não quer que o serviço de bondes seja privatizado, pois é essencial para os moradores", disse Débora Lerrer, representante da Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa (Amast), as reivindicações são um conjunto de propostas reunidas ao longo de décadas por moradores.

Representantes da Amast, diretores do Sindicato dos Rodoviários e o interventor do sistema de bondes, Rogério Onofre, estiveram reunidos nessa terça-feira para discutir as medidas que poderão ser adotadas para resolver o problema de transporte no bairro de Santa Teresa. No encontro, os moradores apresentaram reivindicações ao interventor, como a volta do bonde ao bairro, medidas de manutenção e segurança aos passageiros e mudanças na circulação de ônibus.

De acordo com Débora Lerrer, os ônibus devem funcionar como um serviço complementar e não percorrer trajetos em comum com os bondes. Segunda ela, a Amast deseja os bondes funcionando durante 14 horas, com qualidade, preços populares e segurança. E defende uma participação ativa de especialistas em transporte e de moradores na gerência do serviço.

O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Valmir Lemos, disse que falta investimento para melhorar as condições de trafegabilidade dos bondes do bairro. "Estivemos na oficina e percebemos que não havia investimentos. Lá estão seis bondinhos que foram recuperados e estão em cima de cavaletes porque estão sem condições de operar. Percebemos que faltam peça de reposição e ferramentas. Faltam, também, investimentos na via permanente e na via aérea", disse.

O Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro informou, por meio da assessoria de imprensa, que Rogério Onofre irá analisar as propostas apresentadas pelos moradores e buscar soluções que serão levadas ao governador Sérgio Cabral.


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Comentários

quem usa o bonde - 12 de Abril de 2013 às 19:30 Positivo 2 Negativo 1

Você ousaria "voar com o 14 bis"? moraria num prédio, sabendo que todos eles não apresentam mais a segurança, ou arriscaria atravessar o oceano com uma embarcação antiga, por que insiste conservar um patrimônio como o bonde, matando gente, não deveri

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